Dando sequência à série Compartilhando Emissões aqui no Pontos pra Voar, iremos, no post de hoje, começar a falar sobre uma emissão que realizei com milhas para uma viagem em família em classe econômica, executiva e primeira classe para a Europa, Oceania e Ásia, utilizando milhas dos programas TudoAzul, AAdvantage e TAP Miles&Go.
Aqui você encontra:
Introdução
Em primeiro lugar, gostaria de relembrar que nessa série eu e os demais editores do Pontos pra Voar (e você, nosso leitor, também pode contribuir, tal como já ocorreu no último post da série) iremos compartilhar emissões, tanto para voos já realizados, como voos futuros que, nas condições atuais dos programas, são vantajosas.
A ideia central desta série de posts é mostrar para você leitor que é possível voar para diversos lugares do mundo, utilizando-se as milhas acumuladas nos programas nacionais e internacionais que nós, brasileiros, temos acesso morando aqui no Brasil.
Indo além, tentaremos mostrar como realizar as pesquisas de disponibilidade e as melhores opções que os diversos programas nos oferecem, apontando os prós e contras, e possibilitando que você escolha a melhor opção para os seus interesses.
Até porque a melhor opção para o editor nem sempre será para o leitor, devendo ser respeitadas as particularidades de cada caso.
Assim, hoje falaremos sobre as emissões em milhas que fiz para uma viagem em família em classe econômica (um trecho), executiva e primeira classe (um trecho) para a Europa, Oceania e Ásia, no período de festas de fim de ano (compreendendo Natal e Ano-Novo, ou seja, período de altíssima temporada, com opções de resgates prêmio bem mais restritas).
Para esta viagem em família para a Europa foram utilizadas milhas dos programas TudoAzul (para a saída do Brasil até a Europa, e para deslocamento dentro do Brasil), AAdvantage (para o deslocamento da Europa para a Oceania, dentro da Oceania, da Oceania para a Ásia e de lá para a Europa) e TAP Miles&Go (para o retorno da Europa para o Brasil).
- Nesta parte 1, destacaremos os voos da viagem de ida e o primeiro destino (Europa, no caso Lisboa).
- Já na parte 2 falaremos da viagem da Europa para a Oceania e do voo interno na Oceania, além das duas cidades que serão visitadas.
- Na parte 3 falaremos da viagem da Oceania para a Ásia e do país que será visitado.
- Na parte 4 falaremos da viagem da Ásia para a Europa e do primeiro país europeu a ser visitado.
- Na parte 5 falaremos do segundo e terceiro voos dentro da viagem na Europa que serão realizados, e do segundo país europeu visitado.
- Finalmente, na parte 6, falaremos do último destino europeu a ser visitado, e da viagem da Europa para o Brasil, bem como do voo dentro do nosso país (em retorno à minha cidade).
Para melhor compreensão, segue a visão da primeira parte da viagem (extraída do site GCMAP da emissão feita, lembrando que dividiremos a análise em seis partes, como explicado), além do comprovante das emissões dos voos enviado por e-mail pelo programa TudoAzul:
A Primeira Parte
Nesta primeira parte iremos falar das emissões de ida (e do primeiro destino, Lisboa), isto é, do trecho Campinas – Lisboa (VCP-LIS), em classe executiva, voando com a companhia Azul, utilizando-se milhas do programa TudoAzul, além do bilhete de acompanhante (companion pass) e voucher de upgrade.
A Pesquisa de Disponibilidade e as Opções de Emissões
A pesquisa de disponibilidade para voos próprios da Azul é feita diretamente no site do programa.
Aproveito para lembrar que caso você pretenda utilizar milhas com as companhias parceiras do programa, então a pesquisa e emissão é feita diretamente no site do Interline.
Para saber mais sobre quais as parceiras da Azul que disponibilizam para emissão com pontos do programa TudoAzul resgates de bilhetes prêmio (“award”), sugiro a leitura deste post aqui.
Reitero que, para extrair o maior valor possível, a utilização das suas milhas deve ser focada nos resgates destes bilhetes, em detrimento daqueles com tarifa comercial (ou pública), que, via de regra, não compensam.
A partir do primeiro destino escolhido (Lisboa), e considerando uma viagem em classe executiva para três pessoas (minha família) em altíssima temporada, surgem algumas opções, e a seguir falaremos sobre elas e porque escolhemos voar com a Azul.
Opção Escolhida e os Motivos da Viagem
O primeiro grande atrativo é o fato de que eu possuía um companion pass para uma viagem internacional com a Azul, além de dois vouchers de upgrade, sendo que ambos os benefícios iriam expirar no próximo mês de maio.
Lembro que consegui atingir os 50k pontos base no cartão Azul Itaucard Visa Infinite em maio do ano passado. Assim, considerando que o prazo de 12 meses para utilização estava se aproximando, passei a monitorar os voos da Azul saindo do seu hub em Campinas com destino à Europa.
Inclusive, se você ainda tem dúvidas ou não conhece a fundo não só estes dois benefícios, como também os demais benefícios do cartão Azul Itaucard Visa Infinite, e busca conhecer mais sobre eles, recomendo a leitura do tutorial que eu fiz sobre este cartão, post que você pode acessar aqui.
Eu pretendia utilizar o bilhete de acompanhante (=companion pass) e voucher de upgrade para a Europa, a fim de extrair um maior valor das minhas milhas. Afinal, é notório que as passagens em classe executiva para a Europa estão demandando, via de regra, uma quantidade bem superior de milhas em comparação com a América do Norte, por exemplo.
Considerando que o destino final almejado era a Oceania, poderia montar a minha viagem a partir da América do Norte ou Europa, sendo que descartei sair daqui da América do Sul porque não pretendia voar com a LATAM, já que não possuo status com a referida cia e a quantidade de milhas em classe executiva cobrada por pessoa para o destino pretendido era abusiva.
Igualmente descartei via Oriente Médio, já que na época não havia disponibilidade nem com a Emirates, nem com a Qatar (esta principalmente para chegar até Doha, já que de Doha para Sidney e Melbourne havia disponibilidade).
Apesar de o programa TudoAzul adotar uma tabela dinâmica (=flutuante), é possível verificar que o máximo, atualmente, cobrado pelo programa em classe econômica é 180k pontos por trecho, enquanto que em classe executiva não há, aparentemente, um limite.
Em vista disso, verifiquei que em algumas datas na segunda quinzena do mês de dezembro, fazendo a pesquisa do trecho de Campinas para Lisboa para até duas pessoas, havia datas em que o programa estava tarifando 150k milhas por pessoa em classe executiva, e, supreendentemente, 180k em classe econômica.
Se o critério de pesquisa contemplasse a partir de 03 pessoas, a quantidade de milhas para a classe executiva exigida explodia: de 150k pulava para 424k.
Em que pese ter notado esse padrão, a quantidade de assentos com a tarifação de 150k pontos era exatamente a que eu precisava: duas pessoas, já que a terceira seria emitida com a utilização do meu bilhete de acompanhante, combinado com o voucher de upgrade de classe.
Assim, a tarifação cobrada pelo programa para a data que eu pretendia viajar (150k pontos por pessoa em classe executiva), combinada com os benefícios do ótimo cartão da Azul emitido pela Itaucard levaram, ao final, a uma excelente emissão: 300k pontos para três pessoas em classe executiva, ou melhor dizendo, 100k pontos por pessoa.
E a emissão dos bilhetes foi feita toda via call center, tanto os dois bilhetes com pontos, como o bilhete cortesia acompanhado do voucher de upgrade. Lembro que foi desta forma que orientei nossos leitores a proceder no post que falo dos benefícios do cartão.
Inclusive, em que pese a menção no comprovante cujo print coloquei acima da taxa de R$ 300,00 de emissão pelo call center, referida taxa não foi cobrada, como solicitei à atendente o estorno.
Essa tarifação de 300k pontos, que ao final foi utilizada para os três passageiros, acabou sendo ainda mais vantajosa que a menor tarifa cobrada pelo programa TAP Miles&Go na mesma rota para uma pessoa (113k).
De toda a sorte, convém reiterar aquilo que já venho dizendo nas últimas lives que temos realizado no Instagram: atualmente, é muito difícil, nos destinos atendidos pela TAP (notadamente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil), encontrar algum trecho em classe executiva na menor tarifação (113k), já que a regra é a cobrança no seu maior valor por trecho, isto é, 181k.
A conclusão que cheguei a partir deste padrão de tarifação é que a cia portuguesa, a fim de compensar os prejuízos da pandemia, e a alta do preço do petróleo, e para privilegiar a venda dos seus assentos aos bilhetes pagantes, em vez de instituir, novamente, a cobrança da malsinada taxa de combustível, optou por já elevar ao teto os resgates em voos próprios, independentemente do número de assentos ocupados na aeronave.
Portanto, em termos de comparação, o resgate com o programa TudoAzul revelou-se uma excelente opção. Afinal, nos atuais padrões de resgates, 100k pontos por pessoa em classe executiva é algo praticamente impossível de se conseguir.
Até mesmo a Air Europa, parceira da Smiles que apresenta bons resgastes para a Europa, em especial para o seu hub em Madri, já está tarifando a rota em 165k pontos ou mais, o que demonstra que a tarifa cobrada pela Azul em algumas datas, ainda que com a limitação ao número de pessoas, estava muito interessante.
Quanto aos motivos da viagem, além da Europa ter sido escolhida com o continente a partir do qual seguiríamos rumo à Oceania, poderemos, ainda que por apenas um dia, voltar a passear por Lisboa, destino que, com a minha família, já tive a oportunidade de visitar em 2017.
Como venho frisando de longa data, tenho por costume programar com bastante antecedência as viagens da nossa família, o que facilita, sobremaneira, na disponibilidade de assentos. Afinal, nem todos conseguem programar uma viagem com 10 ou até mesmo 11 meses de antecedência.
Neste caso, essa antecedência foi decisiva, já que emiti o bilhete cerca de 09 meses antes da data da viagem. E digo decisiva, porque, à época, ainda era possível encontrar disponibilidade para 02 passageiros no trecho VCP-LIS com a boa tarifação de 150k pontos.
Aeronaves, Cabines e os Hotéis
Nesse trecho, a Azul vem utilizando, no horário de saída no início da noite, um Airbus A330-900Neo, com a classe executiva com a configuração 1-2-1.
Acabei optando por sair neste horário (18h15min), já que no horário algumas horas mais tarde, está sendo utilizada a aeronave mais antiga da empresa, o A330-300, que, embora também tenha uma boa classe executiva, na mesma configuração, perde um pouco em qualidade.
Já pude experimentar as duas cabines, e a mais nova entrega uma experiência superior, como inclusive constatei em minha recente ida com ela para Orlando, em meados de janeiro deste ano.
Os A330-900Neo tem capacidade total para 298 passageiros (34 passageiros na classe executiva e 264 passageiros na classe econômica).
Finalmente, o hotel escolhido foi o excelente Sofitel Lisboa. A escolha foi feita em razão dos benefícios que o status Platinum do programa oferece, bem como a partir da ótima experiência que o Claudio teve neste hotel, conforme review que você pode conferir neste post aqui.
Reservei para uma noite a Suíte Jr. por 16k pontos do programa, e mais cerca de 35 euros a serem pagos diretamente no hotel, como você pode conferir no comprovante abaixo:
Emissões de Passagens com Milhas
Caso você esteja planejando fazer emissões de passagens para voar com pontos de qualquer programa de fidelidade e não quer perder tempo no telefone com a central de atendimento, nossa parceira Wanderlust pode fazer esse trabalho para você.
Para tanto, você precisa apenas enviar um email para viagens@wanderlustconcierge.com.br com as datas que você pretende viajar, o número de passageiros e um telefone para contato, que na sequência o time entrará em contato.
As emissões custam a partir de R$ 300 para o primeiro passageiro por trecho (independente de ser uma viagem de ida ou ida e volta). Demais passageiros no mesmo localizador têm o custo de R$ 200 por pessoa.
Tome Nota
Como foi mencionado ao longo deste post, estamos dando continuidade a uma série em que nós, editores do site, buscaremos compartilhar emissões (tanto para voos já realizados, como voos futuros, ainda não realizados, mas que estão na nossa lista) que, mantidas as condições atuais, são vantajosas.
Nesta primeira parte, falamos sobre o primeiro trecho de uma emissão para uma viagem em família em classe econômica (um trecho), executiva e primeira classe (um trecho) para a Europa, Oceania e Ásia, no período de festas de fim de ano (compreendendo Natal e Ano-Novo, ou seja, período de altíssima temporada, com opções de resgates prêmio bem mais restritas).
Assim, mostrei qual a opção que utilizei para fazer a emissão rumo à Europa (Lisboa) em classe executiva, e os motivos que me levaram a escolher esta opção, especialmente a questão envolvendo a boa tarifação, que se tornou excelente porque combinada com a utilização do benefício do bilhete de acompanhante e voucher de upgrade, benefícios decorrentes do atingimento da meta de 50k pontos do cartão Azul Itaucard Visa Infinite.
Na sequência de posts, abordaremos os demais trechos da viagem, lembrando que passaremos, no total, por três continentes e seis países.
Além disso, reitero o convite ao leitor deste site a compartilhar suas emissões conosco. Para tanto, peço que envie um email descrevendo, resumidamente, a sua experiência e os detalhes da sua emissão para o seguinte endereço: info@pontospravoar.com.
E você, leitor, tem encontrado boas tarifas em classe executiva ou econômica para viajar no final do ano para a Europa?
Em caso positivo, compartilhe abaixo, nos comentários, qual o programa que está disponibilizando as melhores opções .
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