Em assembleia geral extraordinária dos tripulantes de cabine da TAP que decorreu na última quinta feira, ficou mantido a intenção de continuar em greve, além de recusarem a proposta ofertada pela companhia aérea.
De acordo com os números do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), a proposta apresentada foi votada na assembleia, tendo 615 votos contra, 6 a favor e 1 abstenção.
A proposta apresentada pela companhia aérea pretende, entre outras coisas, aumentar o número de horas de trabalho destes profissionais. Perante o resultado de tal votação, o SNPVAC deverá convocar uma nova greve de 5 dias até o final de janeiro de 2023.
Lembrando que este sindicato realizou uma greve nos dias 8 e 9 de dezembro, que levou a companhia aérea a cancelar previamente 360 voos e teve um impacto total estimado em 8 milhões de euros.
A administração da TAP e o SNPVAC têm estado reunidos em negociações para tratar das reivindicações apresentadas pelo sindicato.
O CFO da TAP, Gonçalo Pires, garantiu que “todos os tripulantes de cabine da TAP podem vir a ganhar mais do que ganhavam em 2019”, mas que para isso é necessário “trabalhar mais”.
A CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse aos jornalistas, no dia 19 de dezembro, que as negociações estavam em um bom caminho e que acreditada ser possível evitar mais dias de greves.
No entanto, a assembleia geral de emergência teve como objetivo prestar esclarecimentos sobre a proposta da TAP e as negociações que decorrem.
“Apesar de não acompanharmos o entusiasmo da atual CEO. A verdade é que as reuniões têm decorrido na base do diálogo, com os avanços e recuos normais destas negociações”, referiu o sindicato.
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