Ainda em abril, a expectativa de alguns executivos da British Airways era de que em agosto a caos criado pela pandemia da covid-19 já estaria resolvido. O verão chegou e se foi e as expectativas se concentraram no final do ano. Infelizmente, o inverno europeu já está batendo na porta e os passageiros ainda não voltaram.
Quarto Trimestre Difícil
A planos da IAG (International Airlines Group), dona da British Airways, Iberia e Aer Lingus, era de que no quarto trimestre as principais empresas do grupo estivessem operando com 54% de sua capacidade pré pandemia. No entanto, a preocupação com uma segunda onda da covid-19 assustou os passageiros e as reservas para os últimos meses do ano despencaram.
Consequentemente, nos planos atuais da IAG apenas 30% da malha da British Airways e Iberia estarão operando até o final do ano, ao contrário dos 54% que a empresa havia inicialmente planejado. Embora baixo, esse número é um ainda pouco melhor que o do terceiro trimestre, onde somente 22% da malha foi voada.
A IAG mostrou, na apresentação feita ontem (22 de outubro) para os seus investidores, que os rendimentos do terceiro trimestre ficaram em €1.2 bilhões ante €7.3 a um ano atrás. Com apenas 30% da frota no ar, os números do quarto trimestre não devem ser muito diferentes.
British Airways e Iberia no Brasil
A British Airways foi uma das poucas empresas que conseguiu manter, ainda que de forma reduzida e apenas com carga, as suas operações ininterruptas para o Brasil no pico da crise da covid-19. Atualmente a empresa já está voando diariamente para São Paulo com o um de seus B787-900. A Iberia, por sua vez, deverá retornar a São Paulo no mês de novembro com dois voos diários operados por um A330.
Já o Rio de Janeiro deverá voltar a ver os B787-800 da British Airways antes do final do ano, porém apenas 4 vezes por semana. No que diz respeito à Iberia, a empresa também retorna antes do Natal, porém com apenas 3 voos semanais