A Argentina aumentará taxas turísticas e implementará novas cobranças de taxas de turismo em parques e cidades, elevando o custo das viagens para um dos destinos favoritos dos brasileiros. Com a medida, o país busca arrecadar fundos diante da queda no turismo, mas a decisão pode comprometer sua competitividade frente a destinos internacionais mais acessíveis.
Viajar para a Argentina ficará mais caro. Um dos destinos favoritos dos brasileiros, o país anunciou que aumentará taxas turísticas já existentes, bem como criará novas em parques e outras cidades que antes não tinham a cobrança.
O objetivo, segundo as autoridades locais, é o de arrecadar fundos e suprir a falta de visitantes, uma vez que o momento do turismo nacional e internacional é de queda significativa, com baixa ocupação hoteleira.
Mas a atitude, por outro lado, compromete a competitividade do país, tornando-o ainda mais caro para o turismo.
Turismo Negativo
O turismo interno da Argentina registrou queda ao longo de todo ano, quando comparado aos mesmos períodos de 2023. Na temporada de inverno de 2024, por exemplo, houve um impacto econômico de US$ 1,2 milhão, 22% a menos que no ano anterior.
Entre abril e setembro, os números foram tão ruins quanto: 23,4% de queda em abril, 27,5% a menos em maio (a maior delas), 20,6% em junho, 17,7% em julho, 17,5% em agosto e 15,9% em setembro.
Cidades Devem Aumentar Taxas Turísticas
Diante de tal cenário, a vida dos argentinos não tem sido fácil. Por isso, diversas cidades, municípios e províncias estão estudando implementar ou ampliar suas taxas de turismo.
Em Misiones, as autoridades locais confirmaram que cobrarão um imposto entre US$ 1 e US$ 2 por dia aos visitantes internacionais que ficarem hospedados na província a partir de 2025. O objetivo deles é investir na renovação de infraestrutura e melhorias em serviços.
Já Ushuaia cogita a cobrança de taxa que varia entre US$ 5 e US$ 10, tanto para visitantes nacionais quanto internacionais, no entanto, há divergências. O setor privado alega que isso influenciará na perda da competitividade do mercado, já que a cidade se tornará mais cara do que outras capitais bem atrativas pelo mundo como Madri (US$ 3,2) e Barcelona (US$ 4,3), na Espanha, Nova York (US$ 3,5), nos Estados Unidos e Montevidéu (US$ 3 a 5), no Uruguai.
Bariloche também estuda a possibilidade de implementar novas taxas de turismo e Buenos Aires já possui uma cobrança entre US$ 0,5 e US$ 1,5.
Parques Também Devem Aumentar Taxas
O governo da Argentina também lançou uma campanha para promover os parques nacionais, porém, eles também vão contar com novas taxas de turismo – e vão ficar mais caros!
Um deles será o Parque Nacional Iguazú, que possui as Cataratas do Iguaçu, grande atrativo turístico da região. Ele passará de 10.000 para 15.000 pesos.
O Parque Nacional Tierra del Fuego, em Ushuaia, aumentou de 10.000 para 12.000 pesos, assim como os parques Los Glaciares, Los Arrayanes, Talampaya e Sierra de las Quijadas.
Argentina Perde Também em Comparação com o Chile
Na comparação com o país vizinho, o Chile, o aumento dos parques argentinos corrobora com a ideia de afastar o turismo muito mais do que atrair. Para se ter uma ideia, o Parque Nacional Torres del Paine no país chileno cobra US$ 5,2, enquanto o Los Glaciares, na Argentina, US$ 15,1.
Ainda para efeito de comparação, o Torres del Paine é o parque mais caro do Chile, enquanto o mais barato da Argentina, o Parque Nacional los Alerces, custa US$ 7.
Aumentar cobranças já se provou ser uma medida muito controversa e pouco eficiente para países europeus que querem frear o turismo de massa. Portanto, não será na Argentina que novas e mais caras taxas de turismo vão contribuir para melhorar o mercado local.
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