A variante ômicron segue se alastrando rapidamente pelo mundo. Já foi registrada em mais de 30 países. E entrou em transmissão comunitária – com contaminação dentro do próprio país – pelo menos na Europa, Estados Unidos e Austrália.
Durou pouco a sensação de que a pandemia de Covid-19 estava chegando ao fim.
A ômicron foi detectada primeiro na África do Sul e em Botswana, no continente africano. Mas já está presente em todos os continentes.
Nos Estados Unidos, foram reportados pelo menos sete casos. Há registros de pessoas contaminadas em pelo menos seis países da Ásia. E em praticamente todos os países da Europa.
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A Ômicron Chegou ao Brasil
O Brasil já tinha três casos anunciados em São Paulo, e mais dois foram confirmados nesta quinta-feira em Brasília. Há uma pessoa com suspeita de contaminação pela variante no Rio de Janeiro.
Pelo menos 19 cidades brasileiras cancelaram as festas de réveillon por causa da nova variante, como São Paulo, Salvador e Brasília.

Por que a ômicron preocupa?
O que é a Ômicron
A Organização Mundial da Saúde classificou a ômicron como preocupante e alertou os governo de que o risco é muito alto.
E por que a nova variante assusta tanto? A ômicron apresenta o maior número de mutações já visto. Foram relatadas de 32 a 50 mutações.
Os cientistas não sabem ainda se as vacinas atuais são eficazes contra ela. Ou se é mais transmissível ou letal. Alguns dizem que é a pior variante já vista, porque deu um grande salto de evolução em relação às outras.
Segundo o virologista da Universidade de Brasília Bergman Ribeiro, é uma variante classificada como de preocupação porque possui mais de 30 mutações na proteína Spike, muito mais do que qualquer outra variante.
Ele explica que a proteína Spike é a usada na maioria das vacinas administradas no mundo inteiro. Se essa proteína muda muito, ela pode não ser reconhecida no nosso sistema imunológico. A estrutura também muda e a resposta é diferente. Então o medo é de que essa quantidade de mutações faça com que a resposta contra a proteína da vacina seja diferente para essa nova variante.

Países tentam impedir a propagação da ômicron
Como os Países Estão Reagindo?
Por enquanto os infectados tem apresentado sintomas leves ou são assintomáticos. Segundo a OMS, ainda não há registros de mortes vinculadas à nova variante.
O governo brasileiro publicou uma portaria no dia 27/11 proibindo voos vindos de seis países da África: África do Sul, Botswana, Essuatini (antiga Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbabwe. A decisão foi baseada numa recomendação da Anvisa para conter a propagação da variante Ômicron.
Há relatos de pelo menos 230 brasileiros retidos nesses países sem conseguir voltar.
Outros países também estão aumentando as restrições, que vão desde o fechamento das fronteiras para viajantes vindos do sul da África, até para todos os estrangeiros, como fizeram Israel, Japão, Marrocos e Malásia. Mais de 30 brasileiros já pediram ajuda à embaixada brasileira no Marrocos para voltar ao Brasil.
O Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças anunciou que a ômicron deve ser responsável por mais da metade das infecções por coronavírus da Europa nos próximos meses.
A Alemanha aumentou as restrições e anunciou lockdown para não vacinados.
Os Estados Unidos anunciaram também novas medidas, como a ampliação das campanhas de vacinação. E a redução da validade dos testes para viajantes que chegam ao país: antígeno ou PCR devem ter no máximo 24 horas.
A governadora de Nova York decretou estado de emergência de desastre por causa do aumento do número de casos e hospitalizações.

Vacinas funcionam ou não?
Nossas Vacinas são Eficazes Contra a Nova Variante?
A Anvisa afirmou que os imunizantes usados no Brasil permanecem eficazes para evitar quadros graves da doença, mesmo depois do surgimento da variante ômicron. E solicitou aos fabricantes que apresentem dados sobre o impacto da ômicron nas vacinas.
A Pfizer informou que já começou a análise e os resultados devem estar disponíveis ainda em dezembro. Só então poderá avaliar se será preciso desenvolver uma nova versão da vacina.
A Universidade de Oxford, fabricante da AstraZeneca, disse que não há evidências de que a vacina não previna doenças graves da variante ômicron. Mas que está pronta para desenvolver uma versão atualizada.
A Johnson&Johson, que produz a Janssen, informou que está começando a desenvolver uma vacina contra a ômicron.
A Sinovac declarou que está avaliando se a Coronavac funciona contra a nova variante. E a direção do Instituto Butantan, também fabricante da Coronavac, disse que já iniciou testes com indivíduos contaminados pela ômicron.

O que podemos fazer?
Afinal, Estamos Protegidos?
Para o virologista da Universidade de Brasília Bergman Ribeiro, saberemos nas próximas semanas se essa variante nova é ou não neutralizada pelos anticorpos produzidos pelas pessoas que se vacinaram. Também vamos acompanhar o que vai acontecer com essa nova variante. Se ela vai dominar ou não a delta, que é predominante no mundo.
Segundo ele, sabemos que as vacinas hoje são mais ou menos eficazes dependendo da variante. A Pfizer é mais eficaz pra alfa e delta do que a AstraZeneca ou a Coronavac, por exemplo.
Ainda de acordo com o virologista, quanto mais diferente a variante, provavelmente a eficácia vai estar comprometida. Mas não significa que não vai ter nenhum efeito. As pessoas vacinadas vão ter uma resposta contra o coronavírus. Pode não ser a melhor resposta, mas estarão provavelmente parcialmente protegidas contra essa variante.
O conselho do virologista é continuar com as medidas que vínhamos tomando para evitar infecção de qualquer variante: distanciamento e máscaras. Ele alerta que o vírus veio pra ficar e as vacinas também vão se adaptar ao longo do tempo.
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