A fusão entre a Iberia e a Air Europa, que está em negociação há algum tempo, enfrenta resistência da Comissão Europeia. A entidade reguladora da concorrência na União Europeia considera as concessões propostas pelo Grupo IAG, empresa controladora da Iberia, insuficientes para garantir a aprovação do acordo. Segundo informações do Financial Times, a principal preocupação da Comissão é o impacto negativo na concorrência no setor aéreo.
O Grupo IAG sugeriu ceder 52% das rotas operadas pela Air Europa em 2023 e permitir que diversas outras companhias aéreas assumissem essas rotas. No entanto, a Comissão Europeia ainda vê essas medidas como inadequadas para mitigar os efeitos anticompetitivos da fusão.
A recente aprovação da compra da ITA Airways pela Lufthansa foi mencionada por Luis Gallego, CEO do IAG, como um possível facilitador para a fusão entre Iberia e Air Europa. Apesar disso, especialistas sugerem que essa possa ser a última grande fusão a receber luz verde da Comissão de Concorrência da União Europeia, dada a crescente preocupação com a concentração de mercado.
A decisão final sobre a fusão deve ser anunciada até 20 de agosto. Se a operação não for aprovada, o IAG terá que pagar uma multa de 50 milhões de euros à Globalia, atual controladora da Air Europa, e poderá se retirar do acordo. Nesse cenário, a Iberia teria que buscar outras alternativas para expandir suas operações no Aeroporto de Barajas, enquanto a Air Europa enfrentaria dificuldades financeiras e operacionais para continuar sozinha.
A continuidade desse processo é crucial para a configuração futura do mercado de aviação na Europa, com possíveis implicações para preços, serviços e opções de voo para os consumidores. A Comissão Europeia mantém seu foco em garantir que a fusão não prejudique a competitividade e a escolha do consumidor no setor.
Operações no Brasil
Tanto Iberia quanto Air Europa têm voos para o Brasil. A Iberia opera 10 vezes por semana de Madri para São Paulo e tem um voo diário para o Rio de Janeiro.
Já a Air Europa voa diariamente para São Paulo e três vezes por semana para Salvador, também partindo de Madri.
Com informações do Financial Times
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