A TAP sofreu um ataque cibernético na noite da quinta-feira (25 de agosto). Em nota a empresa disse que “os mecanismos de segurança da TAP foram prontamente acionados e os acessos indevidos bloqueados”.
Segundo a mesma nota, a TAP colocou uma equipe para realizar uma investigação sobre o ataque e afirmou que “não há qualquer e não houve qualquer risco para a segurança dos voos”.
Por outro lado, não foi possível concluir se houve “acessos indevidos” aos dados pessoais de seus passageiros, conforme diz o comunicado:
“Não foi apurado qualquer fato que permita concluir ter havido acesso indevido a dados de clientes. O plano de contingência da TAP continua ativo e a companhia aérea está a trabalhar em articulação com as autoridades com competências nesta matéria”.
Como consequência do ataque os clientes da TAP ficaram sem acesso às suas contas até o dia 31 de agosto.
De acordo com o Eurocontrol, 61% dos ataques cibernéticos registrados em 2020 no mundo, foram ataques direcionadas às companhias aéreas, onde 56% deles foram motivados financeiramente, seja para roubar dados valiosos dos passageiros, como informações de cartão de crédito ou como parte de um ataque de ransomware – quando os cibe-rcriminosos roubam arquivos pessoais das pessoas e utilizam destes dados para exigir dinheiro de resgate em troca da liberação destes dados.
A companhia aérea indiana SpiceJet foi vítima de um ataque maciço de ransomware em maio deste ano em que deixou centenas de passageiros presos em aeroportos de todos os país. A SpiceJet não disse quais os sistemas que os criminosos visaram ao invadir o sistema, mas a companhia foi elogiada por ter sido capaz de enganar os hackers e restaurar o acesso dos passageiros horas depois após o ataque.
Já em janeiro deste ano, os hackers invadiram com sucesso a segurança cibernética da EasyJet e usaram os dados dos cartões de créditos de mais de 2.000 passageiros. Ao contrário da TAP Air Portugal, a companhia aérea de baixo custo (low cost) manteve o ataque em segredo por quatro meses.
Agora, a EasyJet está enfrentando uma ação coletiva dos passageiros que tiveram os seus dados expostos, sendo que o valor da ações pode chegar a bilhões de libras. Além disso a empresa está sofrendo outra ação onde pode enfrentar multas enormes do órgão de proteção de dados do Reino Unido.
Já a British Airways em 2019 foi multada em 180 milhões de libras pela perda de dados de mais de 400.000 passageiros e funcionários, no entanto, a companhia aérea conseguiu reduzir a multa para 20 milhões de libras.
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