A Comissão Europeia anunciou recentemente as novas regras para reabertura das viagens de turistas para a Europa e os viajantes brasileiros, infelizmente, ainda não estão incluídos nesta etapa de flexibilização. Ao mesmo tempo, cresce o turismo da vacina rumo aos Estados Unidos
Turismo na Europa
A proposta encaminhada ao Conselho Europeu propõe que viajantes não essenciais, oriundos de locais com a situação epidemiológica controlada sejam autorizados a visitar a Europa.
Por enquanto as viagens do Brasil para a Europa seguem as mesmas restrições atuais visto que o limite de contágio da covid-19 em terras brasileiras está longe de ser o proposto pela Comissão Europeia (100 casos a cada 100 mil habitantes) e a taxa de contágio em nosso país hoje é quatro vezes maior.
Outra proposta da flexibilização é permitir a entrada a todas as pessoas que tiverem tomado as duas doses de um imunizante autorizado pela EU ou pela OMS, até 14 dias antes da entrada em território europeu.
As vacinas autorizadas até hoje são:
- Pfizer/BioNTech
- Moderna
- Oxford/AstraZeneca
- Janssen
As chinesas Sinovac e Sinopharm estão em fase final de avaliação pela OMS e a Russa Sputnik V segue em análise, ainda sem previsão.
Ainda assim, os viajantes brasileiros vacinados não podem comemorar, pois esbarramos no obstáculo emergencial criado pela Comissão: A intenção é limitar ao mínimo todas as viagens de países muito afetados pela pandemia, pelo receio da disseminação de novas variantes do vírus.
Já os turistas americanos poderão se beneficiar com a flexibilização das regras europeias e se programar para curtir o verão no hemisfério norte.
Turismo da Vacina
Enquanto assistimos de longe a retomada do turismo europeu, vamos acompanhando a procura de viagens aos EUA na tentativa de se vacinar. É o chamado turismo da vacina!
Para repelir este novo movimento de turistas, a Califórnia, Nova York e Texas, passaram a exigir apresentação de um comprovante de residência na hora da vacinação. Já na Flórida, apenas uma declaração verbal de que trabalha ou presta serviços locais é justificativa suficiente para se imunizar.
Vale ressaltar que a entrada direta de passageiros do Brasil nos EUA está proibida desde maio 2020, a não ser que sejam cidadãos americanos, residentes no país ou que viajem por motivos familiares.
O Jornal El País, do México, publicou na semana passada que as viagens de mexicanos e brasileiros para os EUA com o objetivo de tomar o imunizante aumentaram 70% no último mês. A informação de que haveriam doses sobrando em território americano fez com que as pessoas mais abastadas que podem pagar uma viagem procurassem este privilégio para se vacinar.
Muitos israelenses residentes no Brasil também estão viajando para Israel para se vacinar com as duas doses do imunizante, já que por lá 65% de toda a população está imunizada e há vacina disponível. Os turistas não serão contemplados com a vacina, somente cidadãos israelenses.
Alguns países, como a Suécia, já doaram doses para serem distribuídas aos países menos favorecidos e a OMS continua solicitando aos países ricos que participem deste movimento de ajuda aos países que estão com a imunização comprometida por falta de doses, o que neste caso não inclui o Brasil.
A vacina é um direito de todos os cidadãos brasileiros, é verdade, mas será mesmo que por uma questão de ética deveríamos aguardar nossa vez de receber a dose pelo SUS? Qual a sua opinião?
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