O grupo Changi, responsável pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio, anunciou nesta quinta-feira, 10 de fevereiro, que vai devolver o terminal à União.
A RIOGaleão, concessionária controlada pela Changi, justificou a decisão citando o mau desempenho econômico do Brasil desde 2014 e as consequências da pandemia de covid-19 na aviação.
“A pandemia provocou uma queda de 90% do número de voos no Brasil e enfraqueceu ainda mais as condições de operação do aeroporto”, informou em nota à imprensa.
A Changi Airport opera o Aeroporto de Singapura, considerado um dos melhores do mundo, e tem 51% das ações do Galeão. A Infraero tem os 49% restantes. O grupo adquiriu o Galeão há 8 anos, por R$19 bilhões.
Galeão será leiloado junto com Santos Dumont
Com o anúncio da devolução, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freiras, anunciou que o governo deve leiloar o Galeão junto com o outro aeroporto do Rio, o Santos Dumont. Dessa forma, uma única empresa deve operar os dois aeroportos.
“Nós vamos estudar a concessão do Galeão e do Santos Dumont em conjunto. Estamos criando uma 8ª rodada de concessão”, disse em entrevista coletiva.
“A partir do momento que o aeroporto do Galeão está sendo devolvido, já não faz mais sentido caminhar com a estruturação do Santos Dumont de forma isolada.Tenho certeza que isso também, de alguma forma, responde a uma preocupação manifestada pelo setor produtivo e do governo do Rio de Janeiro”, afirmou.
A nova concessão deve ser estruturada este ano e ficar pronta em 2023, segundo o ministro.
A previsão de leilão do Santos Dumont provocou críticas de autoridades e representantes do Rio, que previam o esvaziamento do Galeão. Por causa disso o governo tinha anunciado que o terminal carioca seria leiloado sozinho, e não mais com outro grupo de aeroportos.
Depois do anúncio da devolução, o governador do Rio, Cláudio Castro, defendeu no twitter a concessão conjunta dos dois aeroportos.
“Com a decisão da concessionária do Galeão de entregar o aeroporto, o RJ e o Brasil têm uma enorme oportunidade para fazer a relicitação alinhada com a concessão do Santos Dumont. Vamos trabalhar para valorizar os dois aeroportos e construir o melhor resultado o estado”, disse o governador.
RIOGaleão fica até o fim do ano
A RIOGaleão informou que vai operar o aeroporto até o fim do processo. Quando a concessionária assumiu, o Galeão era o segundo aeroporto mais movimentado do Brasil, com quase 17 milhões de passageiros por ano – só atrás de Guarulhos, em São Paulo.
Mas no ano passado o terminal teve apenas 3,2 milhões de passageiros e passou para o 11º lugar. Os aeroportos de Guarulhos, Brasília, Campinas, Congonhas, Recife, Confins (Belo Horizonte), Santos Dumont, Salvador, Porto Alegre e Fortaleza tiveram mais passageiros que o Galeão.
A RIOGaleão investiu R$ 2,6 bilhões para ampliar a capacidade e melhorar a operação do aeroporto, usando financiamentos do BNDES.
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