Enquanto no Brasil a retomada das viagens após a pandemia está marcada por preços altos, tanto em passagens aéreas quanto em hospedagens, em alguns países como Holanda e Reino Unido, a situação é ainda um pouco mais complicada, pois há ainda o cancelamento de voos e caos em aeroportos.
Particularmente por aqui, os preços altos das passagens aéreas se refletem tanto nos voos pagos com dinheiro quanto com milhas. Como o Ricardo já explorou neste artigo, esta disparada dos preços tem a ver com a alta demanda por viagens e a capacidade limitada das empresas aéreas de recomporem suas operações aos níveis pré-pandemia.
Deixando o caso brasileiro para um outro momento, vamos olhar o que está acontecendo nos dois países europeus abaixo.
Reino Unido
British Airways e Easy Jet estão passando por sérios problemas atualmente, fazendo com que a retomada das viagens após a pandemia não seja um céu de brigadeiro para os britânicos. Durante a pandemia, ambas dispensaram muitos funcionários e agora estão enfrentando grandes dificuldades para recompor seus quadros de colaboradores.
A razão? É provável que existam várias, porém a mais comumente apontada é que muita gente se deu conta que é mais confortável trabalhar no “solo” e ter uma rotina, do que passar noites e dias fora de casa e ainda ganhar pouco.
Na tentativa de minimizar o impacto e garantir pelo menos as operações das rotas principais, tanto British Airways quanto Easy Jet já cancelaram centenas de voos nos últimos meses. E mais cancelamentos devem ocorrer com a chegada do verão europeu.
Além de cancelar voos, a British Airways suspendeu a venda de passagens através de seu Call Centre por quase um mês e notou-se também um considerável aumento nos preços das passagens, no que se diz uma tentativa de evitar que mais pessoas decidissem viajar.
Já quanto aos aeroportos, Heathrow e Manchester tumultuaram bastante a vida dos viajantes, também devido à falta de funcionários. Em Manchester, o problema ficou evidente nos procedimentos de segurança, com tumultos e pessoas estressadas reclamando em mídias sociais.
A falta de funcionários em Heathrow, por outro lado, ficou evidente na área de restituição de bagagens, com muitos passageiros indo para casa ou seus hotéis sem suas malas.
Ambos, empresas aéreas e aeroportos, prometem que a situação vai melhorar. Mas quando?
Holanda
Na Holanda o grande problema está em seu principal aeroporto, o Schiphol de Amsterdã, terceiro maior da Europa. A situação está tão complicada que desde o dia 26 a KLM, principal empresa aérea local, suspendeu a venda de passagens numa tentativa de reduzir o fluxo de passageiros passando pelo aeroporto.
Segundo artigo publicado na Reuters, o principal gargalo em Schiphol hoje é a falta de funcionários no raio x. As filas para fazer os procedimentos de segurança chegam a sair fora do terminal, gerando frustração nos passageiros e horas de espera, claro.
De acordo com um funcionário da KLM, a suspensão das vendas de novos bilhetes foi uma forma encontrada pela empresa de garantir que aqueles passageiros que já compraram passagens consigam viajar.
Um funcionário de Schiphol disse na última quinta-feira que o aeroporto tem planos para recrutar mais funcionários antes das férias de verão. Em paralelo, também trabalha com as companhias aéreas para garantir um melhor planejamento de voos durante as semanas mais movimentadas.
Será que 2 anos de pandemia gerou um esquecimento em como gerenciar um aeroporto, ou, como no caso britânico, as pessoas se deram conta que podem tem mais qualidade de vida com os mesmos salários baixos trabalhando em outros locais?
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