Ao que tudo indica, depois de mais de dois anos de tanto sofrimento, a pandemia vai perdendo força e o mundo começa a retornar à sua normalidade. Neste período, a indústria da aviação foi, sem sobra de dúvidas, uma das mais atingidas pela Covid-19. No auge da pandemia, as companhias aéreas em todo o mundo se viram obrigadas a reduzir drasticamente seus voos.
A situação não foi diferente no Brasil que, em abril e maio de 2020, registrou uma redução de 93% no número de assentos disponíveis no mercado, em comparação ao mesmo periodo do ano anterior, segundos dados da OAG.
Agora, com o avanço da vacinação e a consequente redução das restrições de mobilidade das pessoas, a demanda por viagens – domésticas e internacionais – vem crescendo exponencialmente em todo o mundo. O mesmo quadro se repete no Brasil, que já recuperou mais de 85% de sua malha aérea doméstica já no início do ano de 2022, segundo a Abear.
Surge, assim, a pergunta que não quer calar: qual o impacto dessa demanda reprimida por viagens no preço das passagens aéreas internacionais? E em relação à disponibilidade de bilhetes por pontos e milhas?
Segundo dados da ANAC, o preço médio das passagens em classe econômica para os Estados Unidos e Portugal, em janeiro de 2022, destinos favoritos dos brasileiros, comparado ao mesmo período antes de pandemia (janeiro de 2020), aumentou em torno de 15%.
Por outro lado, se compararmos os preços de janeiro de 2022 com aqueles praticados em janeiro de 2021, no auge da segunda onda da pandemia, o aumento de preço fica ainda mais claro, podendo chegar a até 78% no caso das passagens do Brasil para Portugal.
O aumento no preço das passagens aéreas internacionais pode ser atribuído a vários fatores como a alta do querosene da aviação, desvalorização do real frente ao dólar e, certamente, a alta demanda por viagens aéreas (a inafastável lei da oferta e da procura!). Fica claro que este cenário também impacta a disponibilidade, no caso da tabela fixa, e o preço, no caso da tabela variável, das passagens emitidas com pontos.
Pois bem, se uma companhia aérea sabe que consegue vender um bilhete pago em determinada rota, com forte procura, e ainda por cima com um bom rendimento (yield), os assentos disponibilizados para emissão com milhas serão reduzidos ao mínimo (quando não zeradas). Ou então, o preço da tabela variável será mais caro, vide a recente dificuldade de se encontrar bilhetes no TAP Miles&Go, no trecho Brasil – Europa por 39.500 milhas.
O cenário para os próximos meses em relação ao valor das passagens não é dos mais promissores, principalmente para o viajante de última hora. Com um planejamento correto e uma emissão antecipada, ainda existem formas de se contornar esta alta no preço dos bilhetes, seja pagante em dinheiro ou emissão com milhas.
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