Há algum tempo atrás o anúncio de promoções de transferências de pontos, mesmo com bônus de míseros 50%, já eram o suficiente para alvoroçar a comunidade de milheiros! Cada programa fazia, em média, uma ou no máximo duas campanhas por mês e todos nós participávamos.
A Engrenagem dos Pontos
Ainda que com uns tropeços aqui e ali, o fluxo funcionava relativamente bem. Gerávamos pontos, transferíamos, emitíamos passagens e viajávamos. No entanto, em março de 2020 a covid-19 chegou e tudo mudou!
O mundo se assustou, as viagens pararam e as empresas aéreas começaram a sangrar. Num primeiro momento, nós também nos assustamos e paramos de gerar pontos e transferi-los.
A pandemia, como todos sabemos está sendo bem mais severa do que se esperava e as empresas aéreas começaram a buscar formas de gerar caixa. Obviamente, elas olharam para os seus programas de pontos e a ordem passou a ser despejá-los no mercado.
No entanto, encher o mercado de pontos não é suficiente. É preciso fazer a engrenagem girar e trazer os pontos de volta para o emissor. Mas como se os passageiros não querem ou não podem voar? O que nos motivaria a transferir os nossos amados pontos?
Simples! Basta aumentar os bônus, afinal de contas, que milheiro que resiste a um ganho de 100%, 120% ou até 133%? E é nesse patamar que nos encontramos atualmente.
Conforme publicamos aqui, o LATAM Pass está com uma promoção com a Caixa oferecendo 120% de bônus a todos os clientes e sem limite máximo de transferência de pontos – alguém imaginaria ver algo assim há um ano atrás? Quase que mensalmente temos bumerangues da Livelo com TAP Miles&Go ou LATAM Pass oferecendo até 133% de bônus total. Acrescente aí o TudoAzul que também vem oferecendo bônus de 110% a 130% nas transferências de pontos.
Portanto, a engrenagem voltou a girar, certo? Do ponto de vista dos programas aéreos sim, mas do nosso lado a resposta é não. Afinal de contas ainda não estamos voando.
O Desastre Anunciado
Pelo que eu escrevi até aqui e com um pouco de experiência nos programas de milhas do Brasil e suas famosas tabelas dinâmicas para emissão de passagens já é possível concluir porque eu me referi a um desastre anunciado no título, certo?
Todos estamos com saldos altíssimos de pontos em nossas contas e querendo botar o pé na estrada. Quando as fronteiras se abrirem, não se surpreenda se aquela passagem para a Europa que antes custava 80 mil pontos em classe econômica passar a custar 120 mil. Lembre-se, é a “tabela dinâmica” e os voos estão cheios!
Portanto, você que assim como eu sente o dedo coçar quando aparece uma “boa” promoção de transferência de pontos e acaba não resistindo e mandando os seus pontinhos para o programa A, B ou C, não chore depois!
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