O Voa Brasil completa um ano com apenas 1,5% das passagens vendidas pelo programa, muito abaixo da meta de 20%. Governo estuda reformulações para ampliar o acesso ao transporte aéreo no Brasil.
O programa Voa Brasil, criado para democratizar o transporte aéreo no Brasil, acaba de completar seu primeiro ano com resultados abaixo do esperado. Lançado com a promessa de oferecer passagens aéreas baratas por até R$ 200 para aposentados do INSS e estudantes do Fies, a iniciativa alcançou apenas 1,5% do total de bilhetes vendidos no período, segundo dados do Ministério de Portos e Aeroportos.
A proposta inicial do Voa Brasil era ousada: atingir até 20% das passagens emitidas no mercado doméstico com tarifas reduzidas. No entanto, a baixa adesão, principalmente entre os aposentados, público prioritário do programa, expôs entraves que vão desde a limitação de oferta até dificuldades operacionais.
Barreiras Tecnológicas e Limitações de Oferta
Entre os principais obstáculos, destacam-se a baixa familiaridade dos beneficiários com plataformas digitais e o excesso de burocracia no momento da compra. Além disso, os voos dentro da faixa de preço prometida são limitados e não contemplam períodos de alta demanda, como feriados e férias escolares – o que reduz a atratividade das viagens com desconto.
Outro ponto crítico está na quantidade restrita de assentos oferecidos pelas companhias parceiras. Embora LATAM, GOL e Azul tenham aderido ao programa, os bilhetes de R$ 200 representam uma fração mínima da capacidade total, dificultando o acesso efetivo ao benefício.
Muitos aposentados do INSS relataram que, ao tentar comprar passagens pelo programa, encontraram rotas com longas conexões ou horários inconvenientes. Como esse público costuma priorizar conforto e praticidade, a falta de opções acessíveis e diretas acaba sendo um fator decisivo para a não adesão.
Governo Estuda Ajustes no Voa Brasil
Diante das dificuldades enfrentadas pelo Voa Brasil, o governo federal já sinalizou mudanças. Entre as propostas em análise estão a ampliação do público-alvo, a inclusão de novas faixas de renda e a flexibilização dos critérios de compra. Também está prevista uma campanha de conscientização para orientar o público sobre como utilizar o programa.
Mesmo com os desafios, o Ministério de Portos e Aeroportos reforça que o Voa Brasil deve ser mantido como política pública de inclusão e mobilidade. A expectativa é que o programa seja ajustado para alcançar, de fato, os objetivos de inclusão social e estímulo ao setor aéreo – especialmente em períodos de menor ocupação.
O desafio agora é transformar o programa Voa Brasil em uma alternativa viável, confiável e simples para quem busca passagens aéreas baratas. Se bem calibrado,ele pode vir a ser peça-chave na democratização do transporte aéreo e no fortalecimento da aviação regional.
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