Os amantes de pets vão gostar desta notícia: a Virgin Australia anunciou que permitirá, ainda este ano, a presença de cães e gatos na cabine em voos domésticos.
A iniciativa, inédita no país, faz parte de um projeto piloto da companhia, que pretende testar o serviço inicialmente em rotas selecionadas, com destaque para o trecho entre Sydney e Melbourne.
Animais na cabine: como vai funcionar

Segundo a Virgin, os animais de estimação, limitados a um por passageiro, precisarão ter, no mínimo, oito semanas de vida e caber confortavelmente em uma bolsa de transporte macia, ventilada e homologada para voos. Essa bolsa será obrigatoriamente acomodada sob o assento à frente do passageiro durante toda a viagem.
A transportadora onde o pet será acomodado contará como uma das duas bagagens de mão permitidas por passageiro. Além disso, o peso combinado do animal e da bolsa de transporte não pode ultrapassar 8 kg. Isso significa que tutores precisarão planejar bem o que levar a bordo, já que terão uma peça a menos de bagagem tradicional disponível.
O espaço será restrito a duas fileiras da classe econômica (exceto assentos com espaço extra ou saídas de emergência). A classe executiva seguirá sendo exclusiva para humanos.
Lançamento depende de ajustes regulatórios
A medida, que exigiu uma série de aprovações da Autoridade de Aviação Civil da Austrália (CASA), ainda está em fase de finalização. Segundo o CEO da Virgin, Dave Emerson, “estamos cada vez mais perto” de autorizar o embarque de pets até o fim do ano. O atraso se deu pela complexidade das regulamentações de segurança e saúde alimentar que envolvem uma iniciativa inédita no país.
Cuidados com a segurança e saúde de todos os passageiros
A companhia afirmou que está trabalhando em conjunto com profissionais da saúde e veterinários para garantir que os voos sejam seguros também para passageiros com alergias. Em solo, os animais devem permanecer na transportadora o tempo todo, exceto durante a triagem de segurança ou quando utilizarem áreas específicas de alívio animal nos aeroportos, que já vêm sendo ampliadas em Sydney e Melbourne.
Reações divididas entre os viajantes
Embora a proposta tenha recebido apoio de boa parte dos tutores de pets, com uma pesquisa da própria Virgin apontando 85% de aprovação, a opinião pública ainda está dividida. Uma enquete recente mostrou que 53% dos passageiros são contra a política de animais na cabine, e 47% são a favor. As principais preocupações envolvem conforto, higiene e convivência entre passageiros.
Taxas e restrição a voos domésticos
Viajar com seu animal de estimação na cabine vai gerar uma taxa adicional, cujo valor exato ainda não foi divulgado pela Virgin Australia. Como referência, companhias aéreas nos Estados Unidos costumam cobrar cerca de US$125 por trecho em voos domésticos, enquanto a Lufthansa cobra entre €50 e €70. A expectativa é que a Virgin pratique valores semelhantes ao lançar oficialmente o serviço.
O novo serviço será exclusivo para voos domésticos na Austrália, ao menos por enquanto.
Transporte de pets em voos no Brasil
No Brasil, o tema também divide opiniões. Em abril deste ano, foi aprovada no Senado a Lei Joca, que estabelece novas diretrizes para o transporte aéreo de animais domésticos no Brasil. A proposta, que ainda aguarda análise da Câmara dos Deputados, visa garantir maior segurança e bem-estar para cães e gatos durante viagens aéreas, além de responsabilizar as companhias aéreas por eventuais danos aos animais.
Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que companhias aéreas podem recusar o transporte de animais de suporte emocional em voos, mesmo com recomendação médica. A decisão reforça que, na ausência de regulamentação da Lei Joca, apenas cães-guias têm garantias legais específicas para embarcar fora da caixa de transporte, sem restrições de peso e altura.
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