Outra companhia aérea irá introduzir um “imposto verde” nas tarifas aéreas. A Virgin Atlantic anunciou que, em breve, irá cobrar dos seus passageiros uma “sobretaxa de custo ambiental” em seus voos.
Já havíamos publicado aqui que a Lufthansa implementará uma nova taxa de sustentabilidade ambiental, conhecida como “Green Tax” ou “Environmental Cost Surcharge”, que variará entre 1 e 72 euros por bilhete. Essa taxa será aplicada a todas as companhias aéreas do grupo, exceto à Eurowings.
Agora, seguindo essa que parece ser uma nova tendência mundial (Europeia, certamente), a Virgin Atlantic é a mais recente cia área a sinalizar o lançamento de um “imposto verde” sobre tarifas aéreas.
Este imposto ambiental é uma resposta aos custos crescentes dos combustíveis alternativos, cuja implementação está prevista para entrar em vigor nos próximos 18 meses.
Motivos e Valores Dessa Cobrança
Em entrevista ao “The Telegraph”, o chefe da Virgin Atlantic, Shai Weiss, disse:
“Os preços terão que aumentar para levar em conta o fato de que voar com a SAF em volumes cada vez maiores é materialmente mais caro”.
Embora a taxa da Virgin ainda não tenha sido revelada, Weiss sugeriu anteriormente que ela poderia ser de até 40 libras por voo.
A título de comparação, a sobretaxa do Lufthansa Group varia de 1 a 72 euros, dependendo da rota e da classe de viagem.
Por exemplo, uma viagem curta só de ida entre Munique e Londres tem uma sobretaxa de 2 euros em passagens de classe econômica e de 3 euros em classe executiva, enquanto viagens mais longas, como de Frankfurt a Nova York, custam 27 euros em passagens de classe executiva e 54 euros em primeira classe.
E esses custos podem aumentar com o passar dos anos.
A “cota obrigatória de mistura de SAF” da UE exige que 2% de todo o combustível de aviação contenha combustível de aviação sustentável a partir de 2025, aumentando para 6% a partir de 2030, saltando para 20% a partir de 2035 e 70% a partir de 2050.
No Reino Unido, há a exigência de um mínimo de 2% a partir de 2025, aumentando para 10% a partir de 2030.
Com a Virgin Atlantic se juntando ao movimento, espera-se que mais companhias aéreas na Europa e no Reino Unido sigam o exemplo e repassem esse custo aos passageiros.
Afinal, muitas companhias aéreas ao redor do mundo – incluindo British Airways, Cathay Pacific, Singapore Airlines e Qantas – estabeleceram uma meta de operar de 5 a 10% dos voos usando combustível de aviação sustentável até 2030, a fim de reduzir as emissões gerais para 25% dos níveis de 2019.
Isso é considerado um marco no ambicioso caminho para “emissões líquidas zero” até 2050, uma medida que a IATA, órgão do setor aéreo, estima que será amplamente baseada no uso de combustível de aviação sustentável, juntamente com a adoção de motores elétricos e de hidrogênio, além de “compensações e captura de carbono”.
Não são apenas as companhias aéreas que estão olhando para os números.
Suécia e França já introduziram requisitos mínimos de SAF, enquanto Singapura também está exigindo uma taxa em todos os voos de partida a partir de 2026, quando um uso mínimo de 1% de SAF entra em vigor.
Assim como na Lufthansa, a taxa de Singapura varia de acordo com a distância do voo e a classe de viagem.
Tome Nota
Depois do grupo Lufthansa, agora chegou a vez da Virgin Atlantic implementar a cobrança de uma “sobretaxa ambiental” em seus voos, que servirá para compensar os custos das regulamentações de sustentabilidade da União Europeia (EU).
Pelo visto, esta é uma tendência mundial, que devemos ficar atentos quando formos emitir nossos bilhetes, já que pode representar um considerável custo, sobretudo diante da desvalorização da nossa moeda frente ao euro e libra, por exemplo.
E você, caro leitor, o que acha dessa cobrança e tendência mundial de cobranças de sobretaxa ambiental, agora implementada pela Virgin Atlantic? Compartilhe conosco a sua opinião nos comentários.
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