Aumento da tarifa do ETIAS de € 7 para € 20 impactará brasileiros e cidadãos de outros 60 países; medida visa financiar segurança de fronteiras e modernização tecnológica da Europa.
A partir do final de 2026, turistas do Brasil e de outros países isentos de visto precisarão pagar quase três vezes mais para entrar em países da União Europeia. A Comissão Europeia propôs o aumento da taxa do ETIAS (Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem), de € 7 para € 20, como parte de um novo pacote orçamentário da UE para o período de 2028 a 2034.
A medida afeta diretamente brasileiros que viajam para o continente a turismo, negócios ou em trânsito, por até 90 dias. A mudança ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho, mas como não requer consenso unânime entre os Estados-membros, tende a ser implementada com relativa agilidade.
O que é o ETIAS e quem será impactado
Criado para reforçar a segurança das fronteiras da Europa, o ETIAS funcionará de forma semelhante ao sistema ESTA dos Estados Unidos. Ele exigirá que cidadãos de cerca de 60 países — incluindo Brasil, EUA, Reino Unido, Canadá, Japão e Austrália — preencham previamente um formulário online e obtenham autorização antes do embarque para o bloco europeu. O sistema deve entrar em operação no último trimestre de 2026.
A nova tarifa será cobrada de viajantes entre 18 e 70 anos. Crianças, adolescentes menores de idade, idosos acima de 70 anos, além de familiares de cidadãos europeus e portadores de passaportes diplomáticos ou residência válida na UE, estarão isentos do pagamento. Refugiados e apátridas com documentação emitida por Estados-membros também não precisarão pagar.
Por que a taxa será reajustada
Segundo a Comissão Europeia, o aumento é motivado por três fatores principais:
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Inflação acumulada: desde que o valor original de € 7 foi estabelecido em 2018, os custos operacionais do bloco aumentaram consideravelmente.
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Modernização das fronteiras: a receita do ETIAS financiará a integração com sistemas de controle como o EES (Sistema de Entrada/Saída), que entra em vigor em abril de 2026. Isso inclui tecnologia de biometria, verificação de antecedentes, redes de dados integradas com Europol e Interpol.
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Harmonização internacional: a nova taxa de € 20 coloca o ETIAS em linha com programas equivalentes como o ESTA dos EUA (€ 18) e o ETA do Reino Unido (€ 19), promovendo um padrão global em segurança e autorização de viagem.
A estimativa da UE é que o novo valor gere uma receita anual extra de até € 300 milhões, destinados à segurança e à modernização dos sistemas digitais de fronteiras.
Cronograma: o que muda e quando
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Outubro de 2025: início da implementação do EES.
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Abril de 2026: EES se torna totalmente funcional nos postos de fronteira da UE.
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Final de 2026: lançamento oficial do ETIAS, com taxa de € 20 já em vigor (após aprovação final).
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Validade: uma vez aprovado, o ETIAS será válido por três anos ou até o vencimento do passaporte, o que ocorrer primeiro.
A Comissão Europeia ainda prevê um prazo de até 30 dias para a análise de solicitações mais complexas, embora a maioria das autorizações seja emitida automaticamente em poucos minutos.
Impacto para os viajantes brasileiros
A nova taxa do ETIAS representará um aumento no custo de viagens curtas à Europa. Para uma família brasileira de quatro pessoas, por exemplo, o custo do ETIAS passará de € 28 para € 80.
Por outro lado, a autorização terá validade de três anos, permitindo múltiplas entradas sem necessidade de nova solicitação, o que reduz os custos em viagens subsequentes.
A UE recomenda que os viajantes façam suas solicitações com antecedência e apenas por meio do site oficial do ETIAS, que será divulgado mais perto da data de lançamento. Já há relatos de sites falsos oferecendo serviços pagos e desnecessários.
O aumento da taxa do ETIAS é mais um reflexo da transformação do modelo de segurança de fronteiras na Europa, que adota soluções digitais e biométricas para lidar com um volume crescente de visitantes. Para os brasileiros, a exigência de uma autorização eletrônica com taxa não representa o fim da isenção de visto, mas simboliza uma nova etapa nas viagens ao continente europeu, mais automatizada, segura, mas também mais cara.
O planejamento será essencial: reservar a taxa no orçamento, solicitar a autorização com antecedência e acompanhar as atualizações oficiais se tornará parte do processo de embarque para a Europa a partir de 2026.
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