Sismólogos advertem que o pior terremoto ainda está por vir na Grécia: a intensa atividade sísmica em Santorini pode piorar, com tremores de magnitude crescente, e a previsão é de que os tremores continuem por semanas. A ilha, um destino turístico popular, enfrenta evacuações enquanto autoridades preparam medidas de resgate.
Temos ouvido sobre os diversos terremotos que têm atingido uma das regiões mais lindas do mundo: a ilha de Santorini, na Grécia. Mas o alerta dos sismólogos é que o pior ainda está pela frente. Isso porque, conforme explica o Secretário-Geral do Centro Sismológico Europeu-Mediterrâneo, Rémy Bossu, quando ocorre uma série de tremores, geralmente, é indicativo de uma preparação para um tremor ainda maior. Essas ocorrências são chamadas de “pré-choque”.
No dia 6 foi decretado estado de emergência e muitas pessoas já deixaram a ilha. Até agora o maior tremor registrado ocorreu no dia 5 deste mês, com magnitude 5,2, na escala Richter.
Tremores em Santorini
Ocorre que a ilha de Santorini localiza-se muito região próxima a gigantes placas tectônicas, africana e eurasiana. Assim sendo, não é novidade para seus moradores e visitantes presenciarem tremores de terra. Mas é a primeira vez que uma atividade sísmica tão intensa e longa atingiu a ilha. Em entrevista à CNN Bossu deu a seguinte explicação,
O que você observa é um grande terremoto seguido por tremores secundários que diminuem com o tempo em magnitude e frequência. Aqui, observamos um (fenômeno) muito diferente. Vemos que a magnitude tem aumentado com o tempo e a taxa também tem evoluido, então esse não é um comportamento típico.
Os terremotos estão localizados abaixo da ilha de Santorini, numa região entre ela e outra ilha chamada Amorgos. Bossu informa que,
Eles estão ocorrendo cerca de 25 quilômetros a nordeste de Santorini e 20 quilômetros a sudoeste de Amorgos.
E Bossu ainda acrescenta,
Claro, quando você tem um número tão grande de terremotos sentidos pela população, isso aumenta a ansiedade”, afirmou o sismólogo. “As pessoas na área estão muito preocupadas… E é lógico porque ninguém pode dizer como isso evolui. Temos que esperar pelo menos dias, ou talvez semanas, para avaliar como isso pode evoluir.
A última vez em que a região da Ilha de Santorini sofreu um terremoto de grande magnitude foi em 1956. Na ocasião sua magnitude foi de 7,7 tendo atingido o sul da ilha de Amorgos. Minutos depois, próximo a Santorini, ocorreu um terremoto de magnitude 7,2. E para completar, pouco tempo depois foi desencadeado um tsunami de 25 metros de altura. Infelizmente o saldo foi de 53 pessoas mortas e 100 feridas.
Até o dia 5 os tremores que atingiram Santorini duraram pouco tempo e ocorreram em diversos dias, mas, no geral, sua magnitude era por volta de 3,0 ou seja, considerados “leves”. Já o terremoto ocorrido no dia 5 é classificado como “moderado” e, após ele, ocorreram ao menos cinco terremotos com magnitude de 4,0.
No sábado passado, dia 8, um novo tremor atingiu a ilha, com magnitude 4.7, sendo um dos mais fortes dentre as dezenas que atingiram a região durante a semana. Seu epicentro deu-se em um braço do mar a nordeste de Santorini, numa distância aproximada de 22 quilômetros de profundidade.
As autoridades gregas estão agindo em medidas de precaução, organizando retiradas e preparando forças de resgate. Dia 7 Kyriakos Mitsotakis, primeiro-ministro grego, visitou a ilha no sentido de realizar uma inspeção dos preparativos de emergência. Ele afirmou,
Quero garantir aos moradores de Santorini e das ilhas vizinhas que o mecanismo estatal está do lado deles. Esperamos que esse fenômeno termine rapidamente e que a ilha retorne totalmente ao seu ritmo normal.
Previsão
E a previsão não é nada animadora: a Organização de Planejamento e Proteção contra Terremotos da Grécia declarou que prevê que a intensa atividade sísmica deva continuar por muitos mais dias, até mesmo por semanas.
Santorini é um destino turístico muito procurado. Cerca de 3,4 milhões de turistas visitam a ilha por ano. No local também residem permanentemente aproximadamente 20.000 pessoas. Destas, a estimativa é que por volta de 11.000 moradores já tenham deixado a ilha. Beni Ouklala, de 38 anos , morador da ilha, disse à Agência Reuters,
Vamos embora porque estou com medo, há terremotos constantemente, temos que sair para as crianças, para que elas possam se acalmar.
Mas há quem pense diferente. O capitão do barco turístico Eftichis Diamantopoulos, de 63 anos, afirmou,
Por que deveríamos ir embora? Se algo acontecer, acontece.
Diversos voos extras foram colocados à disposição para que as pessoas possam deixar a região. Mas para isso, é necessário que, antes de voar, elas peguem uma balsa que, na semana passada, foram impedidas de navegar por causa dos ventos fortes. Felizmente na quinta-feira elas voltaram a funcionar normalmente.
Vamos torcer para as coisas se acalmarem nesta região tão bela!
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