O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado (Setur-SP), assinou recentemente um protocolo de intenções com a Associação Dakila Pesquisas para o desenvolvimento de uma rota turística transcontinental indígena com foco no turismo, que ia até o Peru.
O Caminho de Peabiru, como foi chamado, foi criado antes da colonização europeia, e ligava o Oceano Atlântico ao Pacífico. O projeto prevê a criação de uma rota turística, incluindo atrações históricas, de aventura e contemplação, além do incentivo à adoção de tecnologias e inovação em apoio à sustentabilidade e ações de sensibilização e divulgação.
Estima-se que a extensão da Rota do Peabiru seja de aproximadamente 5 mil quilômetros e passe por 25 cidades.
Possíveis Cidades que Fariam Parte da Rota Turística
Os caminhos do Peabiru, antigamente, eram utilizados por diversas tribos indígenas. Estudos indicam que, dentro do estado paulista, o caminho se iniciava em São Vicente, cruzava a capital e passava por regiões de Sorocaba e Botucatu, que incluíam florestas, riachos, o Rio Tietê, a encosta de Cuesta e o Gigante Adormecido. Chegava ao Rio Paranapanema e seguia rumo ao estado do Paraná, onde penetrava o Chaco Paraguaio, atravessava a Bolívia, os Andes e por fim, o Peru.
O caminho se conectava às regiões da Cananeia, litoral catarinense, Barra Velha, Jaraguá do Sul, Corupá e Foz do Iguaçu.
“Estamos resgatando a história dos povos originários do Brasil. O turismo paulista abraça e desenvolve, junto ao Dakila e outros parceiros que virão a partir deste protocolo de intenções, um rico programa turístico. É uma importante parceria para o governo de São Paulo porque visa inúmeros benefícios para a região e fortalece o turismo em pelo menos três segmentos”, comenta o secretário de Turismo e Viagens, Roberto de Lucena.
Ainda não há detalhes sobre como seria construído esse projeto turístico pelo Governo de São Paulo e quais atrações teria.
Rota Também Era Utilizada para Fins Religiosos
Historicamente, a rota transcontinental também era utilizada de forma religiosa, com o objetivo de seguir o trajeto do sol, sob a orientação da Via Láctea. Anos mais tarde, os europeus a percorreram em busca de ouro e prata, pois permitia diversos acesos por terra.
Em outras palavras, a trilha é considerada de grande importância histórica e cultural. Por meio de estudos recentes, soube-se que as trilhas do caminho do Peabiru atravessaram oceano, chegando até o Monte Nemrut na Turquia.
“Além de ter sido construída seguindo a malha magnética do planeta, é praticamente um mapa para ser visto de cima, onde as avenidas mais largas, assim como os ramais, chegavam diretamente às várias construções conhecidas hoje como os fortes estrela. Foram catalogados mais de 2.700 fortes neste formato em todos os continentes”, esclarece Urandir Fernandes de Oliveira, presidente da Associação Dakila Pesquisas.
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