Para conter o turismo em massa no Japão, Ginzan Onsen adotará cobrança de entrada e restrições de acesso a turistas sem reserva. A cidade segue a tendência global de medidas contra o overtourism.
A cidade japonesa de Ginzan Onsen anunciou novas medidas para controlar o fluxo de turistas e enfrentar os impactos do turismo em massa no Japão. Desde 7 de janeiro de 2025, é cobrada entrada após as 17h, e o acesso é proibido após as 20h para visitantes que não tenham reserva de hospedagem.
As regras visam melhorar a segurança, evitar congestionamentos e preservar a experiência dos turistas. Visitantes de passagem devem estacionar fora do centro e seguir até a cidade com ônibus autorizados.
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Ginzan Onsen – Águas Termais e Arquitetura Tradicional
Ginzan Onsen significa “fonte termal de mina de prata”. A cidade fica em Obanazawa, na província de Yamagata, e é famosa por suas águas termais e arquitetura histórica, com construções de madeira e gesso datadas da Era Taisho (1912-1926).
O local é especialmente procurado no inverno, quando fica coberto por neve, criando uma atmosfera cinematográfica – cenário que teria até inspirado o filme A Viagem de Chihiro, de Hayao Miyazaki.
A região reúne banhos públicos, resorts privativos e paisagens naturais preservadas, com forte apelo para turistas interessados em experiências tradicionais e estéticas nostálgicas.
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Mudanças com Novas Regras
Desde o começo deste ano, quem quiser acessar Ginzan Onsen após as 17h tem que pagar 1.150 ienes (aproximadamente R$ 45), valor que cobre também o trajeto de ônibus. Visitantes sem reservas não podem entrar após as 20h.
O objetivo é desestimular o excesso de veículos, que frequentemente causam engarrafamentos e obstrução de vias de emergência – especialmente durante o inverno. Segundo o Escritório de Medidas Contra o Overtourism da cidade, já houve casos de turistas bloqueando o acesso de ambulâncias ou disputando espaço para tirar fotos, resultando em incidentes.
Japão Busca Conter o Turismo de Massa
O Japão superou os 33 milhões de turistas em 2024, batendo recorde anterior de 2019. Com isso, diversas cidades adotam estratégias para reduzir os efeitos negativos do turismo excessivo.
Em Fujikawaguchiko, aos pés do Monte Fuji, foi instalada uma tela preta para bloquear a vista de um local muito fotografado – uma loja de conveniência com o monte ao fundo. A medida foi retirada após a queda no fluxo de visitantes.
O Castelo de Himeji, o maior do Japão, também avalia aumentar o valor das entradas como forma de regular o acesso.
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Movimento Global Contra o Overtourism
Ginzan Onsen se juntou a uma crescente lista de destinos que buscam limitar o overtourism. Recentemente, abordamos aqui no site os casos de Veneza, que passou a cobrar ingresso para day-trippers, e da Grécia, que estuda restringir o número de cruzeiros.
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