A partir de agosto, as taxas de embarque nos aeroportos de Guarulhos e Viracopos ficarão mais caras. Em Guarulhos, o aumento autorizado pela ANAC será de cerca de 7%, enquanto em Viracopos o reajuste chega a 5%. Os novos valores valem para voos nacionais e internacionais.
Passageiros que embarcam pelos aeroportos de Guarulhos (GRU) e Viracopos (VCP), em São Paulo, devem ficar atentos: as tarifas de embarque nos dois terminais sofrerão reajuste a partir de agosto. As novas cifras foram oficializadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em portarias publicadas no Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 11 de julho.
Aumento nas Taxas de Embarque em Guarulhos e Viracopos
Segundo a ANAC, os novos valores refletem a correção monetária prevista nos contratos de concessão e têm como objetivo preservar o equilíbrio econômico-financeiro das operações. Apesar de aprovadas pela ANAC, as tarifas só poderão ser aplicadas 30 dias após sua divulgação pelas concessionárias responsáveis pela gestão dos aeroportos.
Novas Taxas de Embarque
Os aumentos variam conforme o aeroporto: em Guarulhos (GRU), a alta será de aproximadamente 7%, enquanto em Viracopos (VCP), o reajuste gira em torno de 5,4%. A nova tarifa vale tanto para voos nacionais quanto internacionais. Confira os novos valores:
Guarulhos (GRU):
- Embarque doméstico: R$ 33,64
- Embarque internacional: R$ 59,54
- Conexão (doméstica ou internacional): R$ 15,48
Viracopos (VCP):
- Embarque doméstico: R$ 31,94
- Embarque internacional: R$ 56,52
- Conexão (doméstica ou internacional): R$ 14,71
A tarifa de embarque é destinada à cobertura dos custos operacionais dos terminais, incluindo serviços, infraestrutura e facilidades disponibilizadas aos passageiros. Esses valores representam o teto permitido e são pagos pelos passageiros no momento da compra do bilhete aéreo, já embutidos no preço total da passagem.
O que Está por Trás do Reajuste
Embora a tarifa de embarque seja a única entre as tarifas aeroportuárias repassada diretamente ao passageiro, ela compõe um sistema mais amplo de remuneração à concessionária. As demais taxas como pouso, permanência, conexão, armazenagem e capatazia, são cobradas de companhias aéreas ou operadores.
Segundo a ANAC esse reajuste segue uma metodologia contratual baseada na atualização monetária periódica, e não em aumentos arbitrários. O mecanismo busca compensar variações inflacionárias e garantir que os investimentos e a operação dos terminais sejam sustentáveis no longo prazo.
Aumento em Outros Aeroportos
Nos últimos dias, outros terminais também passaram por atualizações tarifárias relevantes. Em Porto Alegre (POA), a tarifa de embarque internacional teve um aumento de 5,46%, enquanto no Aeroporto Internacional de Brasília (BSB) o reajuste para voos internacionais foi de expressivos 22,28%. Os dados reforçam um movimento mais amplo de reequilíbrio contratual nos aeroportos concedidos à iniciativa privada, com impactos diretos sobre o custo de voar pelo Brasil.
Embora poucos passageiros saibam o valor exato da tarifa de embarque que estão pagando, qualquer reajuste tende a afetar, ainda que marginalmente, o custo das passagens. O impacto é mais perceptível em voos curtos ou de baixo custo, nos quais a tarifa representa uma fatia mais significativa do preço final.
Em um cenário de alta demanda e margens apertadas para as companhias aéreas, aumentos assim também podem influenciar a competitividade das rotas regionais, especialmente em um país com dimensões continentais como o Brasil.
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