Assim como tantas outras empresas aéreas, a TAP deu início a um plano de reestruturação para se adequar à nova realidade do pós covid-19. Infelizmente, redução de frota e da força de trabalho fazem parte do plano.
Dentre as medidas já anunciadas, a empresa espera se desfazer de 17 aeronaves, demitir até 3.600 colaboradores e ainda reduzir os salários daqueles que conseguirem manter os seus empregos. Com os desligamentos e a redução dos salários, a TAP esperar economizar algo em torno de €187.5 milhões de euros por ano.
No entanto, tais medidas por si só não resolvem os problemas da cia portuguesa e uma injeção de capital se faz necessária. E neste ponto a situação se torna confusa, pois o maior acionista da TAP é o governo português.
Há alguns anos atrás a TAP foi privatizada sob o argumento de que o contribuinte não poderia ser responsabilizado pelos sucessivos prejuízos da empresa. Naquele momento David Neeleman entrou em cena e se tornou o principal acionista da empresa.
Entretanto, devido a desentendimentos, em julho deste ano o governo português reassumiu o controle da TAP e agora se vê forçado a injetar €1,2 bilhões para garantir a sua sobrevivência. Mais uma vez, será o contribuinte a pagar a conta.
Obviamente o caso acabou no parlamento português e com discussões entre os diferentes partidos políticos. Caso o aporte de capital não seja aprovado, para depois seguir para Bruxelas para uma segunda aprovação pela União Européia, a TAP será liquidada.
Como disse uma fonte governamental portuguesa:
“Querem uma companhia aérea têm de assumir que isso custa dinheiro, não querem, liquida-se.“
Algumas Palavras
Infelizmente, o caso da TAP guarda várias similaridades com o da Alitalia. A história já mostrou muitas vezes que política e aviação não resultam em histórias de sucesso.
Todos querem a TAP quando ela vai bem, mas e quem a quer na hora de pagar a conta quando algo vai mal?
HT: NewsAvia