O socorro financeiro às empresas aéreas da Europa devido ao covid-19 começa a se tornar realidade em várias partes do continente. Literalmente no chão desde o agravamento da pandemia causada pelo coronavírus, as empresas não tiveram outra alternativa senão bater na porta de seus respectivos governos.
Grupo Lufthansa
Este provavelmente será o maior investimento governamental e também o mais complicado devido ao fato de que cada empresa do grupo está legalmente baseada em um país diferente.
Dos 760 aviões do grupo, 700 estão parados e a empresa já anunciou que está suspendendo o pagamento de grande parte dos seus empregados até o fim de agosto. Especificamente para os funcionário alemães, o governo assumirá parte dos salários. E os demais, como ficarão?
Alitalia
No que diz respeito à empresa italiana, não há muito o que dizer. Sua situação já era crítica há muito tempo e para evitar a falência o governo a nacionalizou … novamente.
Grupo Air France – KLM
Seguindo na mesma direção dos alemães, os governos francês e holandês já deixaram claro que estão preparados para ajudar o grupo. Além do auxílio financeiro, o governo francês irá adiar o recebimento de impostos.
Já o ministro das finanças da Holanda disse que o governo fará tudo o que for necessário para manter a Air France – KLM em operação.
Reino Unido – Um caso a parte
O Grupo IAG é o que tem a melhor saúde financeira no momento dentre as principais empresas aéreas da Europa. No caso da British Airways, por exemplo, no início da crise a empresa chegou a dizer que não precisaria de ajuda do governo.
Com o desenrolar da situação parece que a empresa voltou atrás e ao mesmo tempo o governo britânico também voltou atrás com a oferta de ajuda e no momento não há nenhuma definição.
Inicialmente o governo havia dito para as empresas do setor se organizarem e então uma ajuda em conjunto seria oferecida. Nesse meio tempo, a British Airways disse que não queria dinheiro público, a EasyJet no meio da tempestade seguiu adiante e pagou dividendos aos seus acionistas.
Na contra-mão, a Virgin Atlantic foi a única, aliás a primeira, a bater na porta do governo pedindo dinheiro. Por ora, não há nada sobre a mesa.
Norwegian e SAS
Na Escandinávia, a norueguesa Norwegian, que diga-se de passagem já vinha mal das pernas, recebeu ajuda do governo da Noruega. A pergunta que se tem feito é – será que o valor da ajuda será suficiente?
Ao mesmo tempo os países escandinavos, em conjunto, já emprestaram dinheiro para a SAS.
Algumas Palavras
O socorro financeiro às empresas aéreas da Europa é apenas um reflexo do que está passando, ou passará, no resto do mundo. Sem algum tipo de ajuda todas as empresas aéreas sucumbirão.
Empresas como TAP, Air Europa e Finnair, para ficarmos apenas entre as maiores, certamente receberão ajuda. Eu acredito que a TAP será total ou parcialmente nacionalizada novamente.
O que você acha, os governos devem ajudar as empresas aéreas?
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