Nem tudo são flores. Quem é viajante frequente sabe que imprevistos podem acontecer a todo instante. Já falamos aqui sobre dicas de como evitá-los, porém, às vezes, não tem o que fazer.
Na hora é horrível, mas depois viram boas histórias e boas risadas. Então vamos rir (ou passar nervoso) com a nossa Sala VIP PPV dessa semana conhecendo os perrengues que nossos editores já passaram em suas viagens.
Aqui você encontra:
Fernanda Faccio
Uma vez eu contei aqui, sobre o dia que minha mãe quase foi presa na Turquia, foram momentos tensos, mas vou contar aqui um mais recente, mas não vou contar onde foi, pois se não vocês irão achar que eu só viajo pra esse lugar, mas quem leu a coluna dos nossos destinos favoritos vai saber onde eu estava.
Bem, nesta viagem eu fiz uma troca de quartos no hotel. Até aí tudo bem. No dia de ir embora da cidade, demos aquela revisada básica no quarto antes de sair e fomos para o aeroporto. Como nossa emissão foi com milhas TAP e devido à dificuldade de encontrar disponibilidade, nosso voo saia de LAX, então tínhamos um trecho interno, comprado separado.
Chegando no aeroporto, na fila do check in, meu marido foi pegar os passaportes e … cadê os passaportes? Sempre ficam na mochila dele, no mesmo bolso. Não estavam ali, e em nenhum lugar. Nos olhamos e pensamos: isso não tá acontecendo com a gente! Pensamos o que poderia ter acontecido e nos demos conta que só poderia ter ficado no outro quarto do hotel, antes da troca.
Volta o marido para o hotel para procurar. Eu fico no aeroporto com as malas esperando. Chegando no hotel ele foi diretamente na recepção para ver se haviam encontrado e não estavam lá. Enquanto isso eu no aeroporto controlando o tempo para finalizar o check in e já pensando a m*** que poderia dar se perdêssemos o voo.
Enquanto isso, no hotel ele pede para que alguém fosse até quarto verificar se havia a possibilidade de ainda estarem no cofre, porém como o quarto já estava ocupado e os hóspedes não estavam lá naquele momento, a tarefa teria que ser feita por um funcionário do hotel. Quem conhece a cidade sabe o tamanho que são os hotéis, então até achar algum responsável e até o responsável ir até o quarto demorou bastante.
Passado um bom tempo, ele me liga avisando que os passaportes ainda estavam no cofre. Aí teve a maratona da corrida de volta para o aeroporto e o check-in, faltando 3 minutos para fechar. Conseguimos chegar no portão de embarque a tempo. Foi uma correria danada mas no fim deu tudo certo. Demos essa mancada de não conferir o quarto, acho que relaxamos por não estarmos indo embora e sim trocando de quarto, mas fica a dica, sempre conferir bem o quarto antes de sair.
Henrique Portanova
No quesito perrengues em viagens posso me considerar (ao menos até este momento) um afortunado, já que a pior situação que passei não chegou a ser tão ruim assim (felizmente!).
Foi em janeiro de 2019. Eu e a minha família, ainda aproveitando a tabela antiga do programa Miles&Go da TAP (antes da grande desvalorização ocorrida em março de 2018), emitimos, salvo engano por cerca de 160k pontos (x3, porque somos três pessoas), uma viagem ida e volta em classe executiva de Nova York para Phuket, na Tailândia, com a cia Asiana.
Todavia, houve uma alteração no voo, o que me levou a remarcar a viagem com a cia Turkish, saindo dois dias depois, mas chegando no mesmo destino.
A volta foi com a excelente EVA Air, via Taipei.
A cidade de Nova York foi escolhida em razão da boa disponibilidade na época, já que em voos saindo do Brasil (como hoje), a disponibilidade da Star Alliance estava bem ruim.
De Guarulhos para Nova York fomos no A350-900 da LATAM, também em classe executiva, aproveitando os generosos bônus de uma promoção bumerangue de 35 + 35%, época em que cerca de 80k pontos eram suficientes para este trecho.
Pois bem, no dia do voo de volta, já no aeroporto de Nova York, após pegar o shuttle do hotel próximo ao JFK, me dei conta que havia esquecido na poltrona da recepção do hotel a mochila com os passaportes e documentos, além da minha carteira com os cartões de crédito e dinheiro.
Imediatamente liguei para a recepção do hotel e expliquei o ocorrido. Por sorte, a mochila havia sido localizada e estava na recepção, à espera do dono.
A recepcionista, então, mencionou que iria fazer a entrega com o mesmo motorista do shuttle que nos levou até o aeroporto. Confesso que foram alguns minutos suando frio, mas, no final, deu tudo certo.
Mochila devolvida, dólares e cartões de crédito a salvo, e passaportes disponíveis para fazer o check-in e retornar ao Brasil. Ufa, que bom que deu tudo certo!
Rodrigo Biajoni
Fui pensar no perrengue para descrever aqui e percebi que eu tenho algum problema com o horário dos voos. Aqui é sempre com emoção. Se não chegar bufando e correndo faltando poucos segundos para fechar o portão de embarque, não sou eu. O problema é que nem sempre isso dá certo.
Desde a inocência das primeiras viagens em que não sabia da diferença entre horário de embarque e o da decolagem em si, acreditando que ainda dava tempo de comer uma coxinha e tomar uma última cerveja no vazio aeroporto de Porto Seguro. Dessa vez só deu para embarcar depois de anunciarem duas vezes o nome no alto falante (lógico que da primeira vez eu não achei que fosse comigo). Ou então perder o voo por causa do trânsito parado da ponte Rio-Niterói (que é lógico que era previsível).
Ou mesmo a volta de um carnaval saindo do Rio para São Paulo acreditando, pela força do hábito de sempre voltar domingo a noite, que esse era o horário do voo comprado com meses de antecedência. O site para o check-in não aceitava o meu localizador de jeito nenhum e só no meio do caminho para o aeroporto fui conferir a data do voo e percebi que ele tinha saído na noite anterior.
Mas acredito que o maior perrengue foi perder um voo de Campo Grande para voltar para casa. Aproveitei uma viagem a trabalho à capital sul-matogrossense e fui com a esposa conhecer Bonito. Carro alugado e alguns dias para conhecer aquele paraíso.
Acontece que a volta não foi tão simples como a ida e, depois de trânsito, rota perdida (GPS não era tão acessível no celular assim), pedido de informação para policial rodoviário e muita tensão, chegamos no aeroporto faltando alguns poucos minutos para o encerramento do embarque. O problema é que o local da devolução do carro não era o que havia sido informado na hora de retirar. Lógico que essa mudança de última hora acabou com o pouco tempo que ainda restava e lá se foi o nosso avião por conta de uma informação errada (tá bom, eu sei que nada justifica não chegar antes, mas ainda assim daria tempo). Lá fomos nós torrar as poucas milhas que tínhamos na época para emitir uma passagem de volta para casa que aconteceu só no dia seguinte (com direito a virar a noite sentado na cadeira dura do aeroporto).
Claudio Tusco
O que eu conto aqui nem é um perrengue, mas uma vergonha que me fez queimar a cara! Numa das edições do Sala VIP PPV eu comentei que uma das minhas melhores emissões de passagem foi uma executiva da Qatar Airways para o Japão.
Pois bem, a viagem era Amsterdam – Doha – Tóquio e eu a reservei em janeiro para viajar em setembro. Uns dois meses depois da compra do bilhete eu fiz a reserva dos voos de Londres para Amsterdam e para não correr o risco de perder a viagem, eu decidi ir para Amsterdam um dia antes. Já uni o útil ao agradável e aproveitei a oportunidade para conhecer o InterContinental da cidade, que é considerado um dos melhores hotéis da rede na Europa.
Chegado o dia da viagem, off we go! Feliz da vida pela viagem para o Japão e ainda ter a oportunidade de conhecer o InterContinental Amsterdam. Pois bem, ao chegar no hotel eu fui atendido por uma holandesa extremamente simpática e batemos um ótimo papo sobre Amsterdam, a viagem para o Japão e claro, o hotel.
Tudo correu bem, upgrade dado, drinks de boas vindas, etc. No momento que ela me entrega as chaves do quarto e eu me levanto ela me fala, “By the way, Mr Tusco, you were 24 hours earlier for your check in, but I managed to sort everything out for you!”
Eu queria um buraco para enfiar a cabeça de tanta vergonha que senti. Eu me atrapalhei com as datas e reservei o hotel para o dia do voo para Tóquio e não o dia que eu estaria efetivamente chegando em Amsterdam.
Milton Lupchinski
Desde que comecei a viajar mais vezes sozinho a lista de perrengues nunca parou de crescer! Mas digo que sou sortudo o suficiente para dizer que sempre consegui contorná-los sem maiores complicações. Nunca perdi um trem ou avião sequer, mas já cheguei a atravessar os terminais de Guarulhos usando o carrinho de mala como um patinete para chegar a tempo no balcão de check-in.
De primeira, eu organizei uma viagem para eu e meus colegas do Mestrado passarem o feriadão de páscoa em Bordeaux e Toulouse, na França. Éramos quase 20 pessoas e, após todos transportes e hospedagens estarem já pagos, recebi um email da Flixbus cancelando o nosso ônibus de ida poucos dias antes da viagem.
Remarcar viagem para um pequeno grupo é fácil, agora imaginem para 20… no final descobri que nós nos habilitávamos para o preço promocional dos trens vendidos a grupos maiores de 10 pessoas. Os bilhetes chegaram por carta somente na véspera da viagem, que desespero!
Agora o segundo perrengue é o mais memorável de todos. Meus amigos se perderam de bicicleta em Vienna quase na hora do nosso trem partir para a República Tcheca. O detalhe é que um deles estava com a chave do locker que alugamos para guardar todas as nossas mochilas e pertences e, eu que achava estar com o meu passaporte na minha pochete, lá estava ele também dentro do locker! Eles pegaram um Uber até a estação e eu fui conferir se haveria algum atraso no nosso trem.
Infelizmente desta vez lá estava ele, britanicamente pontual! Qual foi a minha reação na hora? Vou segurar esse trem! Eu empaquei em uma das portas, o fiscal mandou eu entrar e eu comecei continuei lá, na porta. Ele veio para mim dizendo que o trem precisava partir, ganhei mais alguns segundos, até que “joguei um verde” e pedi para ele pelo menos olhar para trás se meus amigos não estavam subindo pela escada rolante. Ele não acreditou em mim, mas foi lá dar uma olhada e após 2 segundos chegou a olhar uma segunda vez incrédulo com a cena.
Nem eu acreditava no que eu via: os meus amigos estavam realmente lá, cada um com 5 volumes nas mãos já quase sem ar de tantos corredores e escadas que passaram correndo. Plantei verde e colhi maduro e voltamos pra casa todos juntos! Pra completar, ao cruzar a fronteira da República Tcheca alguns policiais entraram no trem e pediram documento de todo mundo, agora já imaginou eu lá naquela situação sem o meu passaporte?
Paulo Leo
Eu sempre tive sorte de não passar por grandes perrengues nas minhas viagens, talvez pelo fato de ser bem organizado no período pré-viagem. Mas é claro que perrengues “normais” eu já passei muitos, como descer em uma estação de tube (metro) sem acessibilidade em Londres, com dois carrinhos de bebê e algumas malas de 23 kg para subir as escadas convencionais.
Mas um perrengue que passei em junho desse ano e que rendeu até um post aqui no Pontos Pra Voar, foi com a parceria da LATAM com a Delta e uma viagem cancelada em cima da hora, após despachar as malas no balcão.
Diante de alguns problemas familiares que tivemos momentos antes do embarque no voo que partia de GRU para JFK, decidimos não embarcar.
Como estávamos embarcando no Grupo 2 (cliente Delta Skymiles Platinum), praticamente no início do embarque portanto, solicitei o desembarque das nossas malas.
Após mais de 2 horas de espera entre os trâmites de desembarque internacional e espera das bagagens na esteira, já exaustos, tivemos a surpresa de receber apenas 1 mala de volta, a outra mala seguiu no voo, infelizmente.
Como a bagagem estava etiquetada até o destino final, a mesma seguiu até LAS, creio que por falha na comunicação entre as duas empresas LATAM e Delta.
Recebi a minha mala somente na quinta-feira, apesar de ter sido extraviada no sábado anterior, demora que se deu pelo fato da mala ter ido até LAS e retornado com prioridade nos voos seguintes.
Como nessa mala estavam as nossas principais roupas da viagem, especialmente as das crianças, essa situação nos gerou bastante desconforto e preocupação, diante de incerteza se de fato recuperaríamos a mala ou se a mesma seria perdida para sempre.
Apesar dos problemas vividos por conta da falha do sistema, do pessoal de solo que manipula as bagagens e provavelmente por falta de uma comunicação mais efetiva entre a LATAM e a Delta, o fator humano (funcionário da LATAM) nesse caso foi fundamental para a resolução do nosso problema, a quem fiz questão de elogiar veementemente no referido post acima.
Fernanda Senna
Já passei alguns perrengues em viagem, nenhum relacionado a chegar em cima da hora, perder voo ou esquecer documentos, pois como dizem por aí mineiro não perde o trem. Além de mineira, como uma boa virginiana confiro tudo muitas vezes antes de sair
Na nossa viagem para Itália em setembro, fizemos alguns trechos de barco. O primeiro deles foi um grande perrengue. O percurso foi de Nápoles para Capri, estava um calor escaldante – não sei se não tinha ar ou não estava funcionando – e foi um dia em que as águas estavam muito agitadas. O barco foi batendo muito durante todo o percurso. Subindo e descendo…
Não sou de enjoar, mas logo no começo já senti o estômago dando sinais… De repente olho em volta e vi que estava um “passa mal” geral. A tripulação correndo para lá e para cá levando saquinhos para os passageiros.
Nunca vi tanta gente passando mal ao mesmo tempo, o percurso não foi nada agradável. Depois de todo o perrengue chegamos bem e pudemos aproveitar dias perfeitos na ilha de Capri.
Como teria ainda dois percursos de barco entre outras cidades confesso que fiquei bastante apreensiva, mas felizmente foram em águas tranquilas e sem nenhum outro perrengue pela frente.
E você, já passou algum perrengue em suas viagens? Nos conte aqui nos comentários!
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