Depois do surgimento da mutação do coronavírus no sul da Inglaterra e uma disparada nos casos de contaminações e internações, o governo britânico vem estudando diferentes medidas para tentar controlar a doença no país. Segundo os jornais locais, o primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, deve anunciar ao longo desta semana uma quarentena obrigatória para todos que chegarem no país.
A ideia é seguir o exemplo da Austrália e da Nova Zelândia e fazer com que todos os passageiros, cidadãos britânicos ou não, fiquem por duas semanas em hotéis pré-definidos. A conta, obviamente, será paga pelo hóspede.
Implementar uma medida como essa num país como o Reino Unido, no entanto, não é tão simples. Enquanto na Austrália e Nova Zelândia o tráfego de passageiros está restrito basicamente a aviões, no Reino Unido trens e ferries levam e trazem milhares de pessoas diariamente.
Portanto, a questão se torna onde acomodar tanta gente por tanto tempo? Além disso, o país depende quase que inteiramente da importação de frutas e vegetais para abastecer os seus supermercados. Para contornar o problema a ideia é deixar os caminhoneiros fora da regra, mas isso seria uma fração do volume de pessoas que chegam no país atualmente.
Inicialmente, o anúncio deveria ter sido feito hoje. Todavia, a falta de consenso dentro do próprio governo atrasou a decisão final para algum momento desta semana. Enquanto o ministro dos transportes e o primeiro ministro preferem colocar em quarentena forçada apenas os passageiros oriundos dos países de alto risco, que inclui o Brasil, a ministra do interior argumenta que para funcionar, todos devem se isolar.
Estamos apenas na quarta semana de 2021 e a impressão inicial é que, mesmo com as vacinas sendo aplicadas, o ano será bem difícil e cheio de surpresas. Viajar com alguma tranquilidade deverá ficar para o segundo semestre – se não tivermos mais mutações do coronavírus.
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