A Infraero recebeu autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para reajustar as tarifas cobradas no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. O aumento, que pode chegar a 36%, foi solicitado pela estatal como forma de compensar perdas de receita causadas por restrições operacionais impostas ao terminal desde o ano passado. O impacto atinge diretamente companhias aéreas e, indiretamente, os passageiros, que devem sentir a diferença no valor final das passagens.
Desde 2023, o movimento anual de passageiros no Santos Dumont foi limitado a 6,5 milhões. A medida foi determinada pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR) com o objetivo de reduzir o congestionamento e melhorar o nível de serviço prestado no terminal. O aeroporto, localizado em área central do Rio, já operava além de sua capacidade física e logística há anos.
Apesar da restrição, o terminal encerrou 2023 com 11,4 milhões de passageiros, número ainda acima do novo teto, já que a limitação passou a valer apenas em novembro. No ano anterior, o movimento já havia superado a marca de 10 milhões. Com a mudança de regra, a arrecadação da Infraero sofreu forte impacto. As receitas com tarifas de embarque e pouso caíram 49% em 2023. No caso das tarifas de conexão, a queda foi ainda mais brusca: cerca de 97%, segundo informações divulgadas pela estatal.
O reajuste das tarifas no Santos Dumont autorizado pela ANAC altera a média de receita por passageiro de R$ 56,50 para R$ 77,20, um acréscimo de R$ 20,70 por bilhete. A Infraero afirma que o novo valor é essencial para a manutenção da operação e para a realização de melhorias previstas no plano de investimento do aeroporto. Estão programadas obras e modernizações que somam R$ 400 milhões até 2026.
“As tarifas no Santos Dumont sempre foram equiparadas às do Aeroporto de Congonhas, que já passou por reajustes após a concessão à iniciativa privada. Esta atualização visa apenas equilibrar os valores”, afirmou a estatal em nota. A empresa reforçou sua ideia de plena eficiência operacional, a sustentabilidade financeira e a qualidade dos serviços prestados aos passageiros.
O aumento incide sobre diversas tarifas técnicas, como pouso, permanência, conexão e embarque, todas pagas pelas companhias aéreas. No entanto, é prática comum que esses custos sejam repassados ao consumidor, o que torna inevitável o aumento das passagens para quem embarca ou desembarca no Santos Dumont.
Além do reajuste tarifário, o governo federal tem incentivado a transferência de voos para o Aeroporto Internacional do Galeão, localizado na zona norte da cidade. O terminal possui ampla capacidade ociosa e infraestrutura subutilizada. Apesar disso, o Santos Dumont foi o segundo terminal mais lucrativo da Infraero em 2023, com receita de R$ 616 milhões, atrás apenas de Congonhas.
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