Mercado de programas de fidelidade bate recordes de faturamento, número de usuários e volume de pontos, consolidando a fidelização como um dos segmentos mais valorizados e estratégicos do consumo moderno no Brasil.
Um Ano Dourado para os Programas de Fidelidade
O ano de 2024 firmou de vez o lugar dos programas de fidelidade no mercado e coração do consumidor brasileiro. Com 920,6 bilhões de pontos e milhas acumulados, o país bateu um recorde histórico e demonstrou que a fidelização não é apenas uma tendência, mas uma realidade no cotidiano de milhões de pessoas.
Seja por meio do acúmulo com cartões de crédito, compras no varejo ou transações online, os brasileiros estão cada vez mais atentos às oportunidades de transformar o que compram em experiências, viagens e produtos de valor. O crescimento de 16,5% na emissão de pontos em relação a 2023 é reflexo direto dessa mentalidade, que vê no consumo inteligente um verdadeiro patrimônio.
Pontos Valorizados como Ativos
Não se trata apenas de vantagens eventuais. Para os milhões de usuários cadastrados – mais de 332 milhões de contas ativas em 2024 – os pontos e milhas são encarados como ativos de valor real, capazes de gerar economia, realizar sonhos e proporcionar acesso a benefícios antes restritos.
Esse comportamento explica também o crescimento de 18,3% nos resgates: foram 803,5 bilhões de pontos trocados por passagens aéreas, produtos, serviços e experiências. Cada ponto acumulado é visto com estratégia e atenção, refletindo um consumidor mais informado e engajado, que conhece o valor de cada transação.
Dia a Dia no Acúmulo de Pontos
Enquanto as viagens ainda são o principal destino dos pontos (76,5% dos resgates), a origem está, majoritariamente, nas atividades cotidianas. Em 2024, 93,3% dos pontos foram gerados por compras no varejo, cartões de crédito, débito e serviços. Apenas 6,7% vieram diretamente de viagens.
Essa inversão deixa claro que os programas de fidelidade não dependem mais exclusivamente do setor de turismo. O consumidor entendeu que cada gasto pode ser recompensado, e passou a ver o programa de fidelidade como uma extensão natural da sua rotina de consumo.
Fidelização é Estratégia
Com R$ 21,9 bilhões em faturamento, o mercado de programas de fidelidade deixou há tempos de ser apenas um “agrado extra” e se tornou um modelo de negócios lucrativo, sofisticado e competitivo. A presença crescente de marcas, bancos, companhias aéreas e redes varejistas nesse ecossistema mostra o quanto fidelizar, e ser fidelizado, é hoje uma via de mão dupla vantajosa.
Além de garantir retenção e engajamento para as empresas, os programas oferecem ao consumidor a oportunidade de maximizar cada compra e ter retorno tangível pelo seu consumo. Não à toa, em 2024, foram registradas 48,6 bilhões de transações nos programas, um sinal de que o brasileiro não só acumula, como também utiliza seus pontos com frequência e planejamento.
Varejo Conquista Espaço no Resgate de Pontos
Se o acúmulo vem do cotidiano, o resgate começa a refletir essa mudança. Embora as passagens aéreas sigam liderando, o varejo vem ganhando espaço: 23,5% dos resgates em 2024 foram feitos em produtos e serviços não aéreos, um crescimento de 5,7 pontos percentuais em relação a 2023.
A expansão dos catálogos, a diversidade de produtos e a conveniência das trocas fizeram com que mais consumidores optassem por utilizar seus pontos de forma ampla, adaptando as recompensas às suas necessidades e estilos de vida.
Tome Nota
Para quem acompanha esse mercado e vive o mundo dos pontos, milhas e programas de fidelidade, como os leitores do Pontos pra Voar, os dados de 2024 são motivo de celebração. O mercado brasileiro amadureceu, expandiu e provou que pontos e milhas são, sim, uma moeda valiosa. Quando bem geridos, viram viagens, economia, conforto e liberdade.
O recorde de pontos acumulados é mais do que um número. É um sinal de que os brasileiros estão mais conscientes sobre o poder que têm nas mãos (e nas carteiras). E para quem entende que voar mais longe começa com um bom plano de fidelidade, o céu, definitivamente, não é o limite.
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