A possibilidade da fusão entre a Azul e o Grupo Abra, controlador da GOL e da Avianca, continua dando o que falar e a discussão parece ainda estar bem longe do fim. Dessa vez quem deu sua opinião foi Santiago Yus, presidente da Aena Brasil, concessionária responsável pela administração de diversos aeroportos em todo o país, incluindo do Aeroporto de Congonhas, em entrevista concedida à Folha de S. Paulo.
Segundo o executivo, uma eventual fusão poderia impactar negativamente no preço das passagens, aumentando o custo para o consumidor final, além de afetar as operações de aeroportos menores em todo o país.
A fusão geraria uma grande dominação de mercado dessas duas empresas, o que implicaria na redução da concorrência. Se aprovado esse movimento, o novo conglomerado teria cerca de 60% de domínio de mercado brasileiro, com operação de 1.800 voos diários para mais de 200 destinos e uma frota de mais de 300 aeronaves.
O executivo demonstrou a sua preocupação com o impacto na qualidade dos serviços em aeroporto menores ao redor do Brasil.
“A gente tem aeroportos lá na ponta, no Pará, em Ponta Porã (MS)… É difícil manter algumas operações. Se essa fusão mudar a estratégia de operação dessas empresas, podemos ter dificuldades adicionais. Essas fusões podem resultar em um ajuste de rotas ou até na redução de frequências em alguns destinos”, declarou Santiago Yus, presidente da Aena Brasil.

Santiago Yus, diretor-presidente da Aena Brasil | Créditos: Raúl Urbina, Aena
A possível fusão tomou forma no início de 2025 com a assinatura de um memorando de entendimento entre a Azul e o Grupo ABRA (controlador da GOL e Avianca). OOs próximos passos ainda dependem de uma aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e CADE para avaliarem o impacto que esse movimento teria no mercado aéreo brasileiro e nos consumidores.
Mudanças no Aeroporto de Congonhas
Outro aspecto abordado pelo executivo foi sobre a gestão do Aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo. Segundo ele a concessionária tem como objetivo melhorar a infraestrutura e a eficiência do terminal. Uma das metas é aumentar a capacidade de transporte de passageiros, atualmente em 23 milhões no ano de 2024. A empresa acredita chegar a 30 milhões de viajantes até 2030 com investimentos em infraestrutura e ajustes às novas demandas do setor aéreo.
Outra mudança significativa é a redução das operações de aviação executiva em Congonhas. Agora os jatinhos não terão mais a possibilidade de utilizarem a pista principal do espaço, facilitando para a melhoria na pontualidade dos voos comerciais e no aumento da receita do aeroporto.
“A aviação executiva, por transportar um número reduzido de passageiros, é menos eficiente. Um jato executivo leva no máximo dez pessoas, enquanto um avião pode carregar até 130. Isso represente um uso mais intensivo e eficiente do espaço do aeroporto”, finalizou Santiago Yus.
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