O levantamento de balneabilidade revela que apenas 30,2% das praias brasileiras estão próprias para banho, o pior índice desde 2016. Enquanto São Paulo e Rio de Janeiro sofrem com o aumento da poluição e chuvas, estados como Bahia e Rio Grande do Norte apresentam melhorias
O verão chegou e com ele a vontade de pegar uma praia. Só há um problema: apenas 30% das praias brasileiras estão próprias para banho. O levantamento realizado pelas prefeituras e governos estaduais é o pior desde o início da medição, em 2016.
Ao todo, 253 estiveram próprias para banho em todas as medições realizadas entre novembro de 2024 até outubro de 2025, o que equivale a 30,2% do total. Outras 288 foram consideradas regulares, 143 ruins e 136 péssimas.
Lembrando apenas que em 2020 não houve avaliação devido à pandemia. Para se ter uma ideia, em 2016, 370 praias estavam em condições consideradas boas. O ano seguinte registrou o melhor nível de qualidade da água, com 378 praias.
São Paulo e Rio de Janeiro têm mais praias com qualidade baixa
Em São Paulo os números são mais preocupantes. O total de praias consideradas próprias para banho caiu de 62 para 47, as ruins foram de 33 para 43 e as regulares de 64 para 70. As péssimas se mantiveram em 16.
A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de SP) atribui os dados ao volume de chuvas no decorrer de 2025, lembrando que nos meses de janeiro, fevereiro e abril, na Baixada Santista, a cidade registrou uma média de 200 milímetros de chuva. No entanto, praias como as do Perequê, em Guarujá, são consideradas péssimas desde o início da medição.
Na capital carioca, os níveis seguem críticos: 47 trechos apresentaram piora nos níveis de qualidade e apenas 66 praias estão próprias para banho. A praia de Botafogo e a famosa praia do Leblon são consideradas ruins ou péssimas.
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Bahia, Paraná e Rio Grande do Norte crescem em números bons
No nordeste brasileiro, os estados da Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte, registraram número bem mais positivos. Com 23 praias próprias para banho, o estado baiano dobrou o número registrado do ano passado, incluindo praias como Ipatinga, Guarajuba, Salinas de Margarida, Coroa e Barra de Tairu.
No entanto, os destinos turísticos mais badalados como Porto Seguro, Ilhéus, Itacaré e Morro de São Paulo, não houveram medições de balneabilidade (por motivos não informados). Em Salvador, que segue sendo a pior cidade do estado baiano, apenas Ponta de Nossa Senhora e Praia do Flamengo, foram consideradas boas.
Esgoto e tratamento de água
A questão da poluição ambiental segue sendo o maior desafio para melhorar as condições de balneabilidade do litoral brasileiro. A medição das praias qualifica como próprias ou impróprias para banhos baseada na densidade das bactérias fecais, coletadas ao longo de cinco semanas.
Há ainda um pequeno agravante não considerado nestes estudos: os estados de Amapá, Piauí e Pará não medem a qualidade da água. Além disso, outros focos de contaminação como lixo comum e óleo, não são considerados na análise.
Além de afetar o ecossistema local e a vida marinha, o lançamento de água sem tratamento ao mar pode causar sérios problemas de saúde, sobretudo com doenças gastrointestinais e de pele. É imprescindível que as autoridades locais, governo e prefeituras, passem a olhar com mais atenção e cuidado a poluição ambiental dos mares e oceanos, pois pouco vem sendo feito. E quem paga é a população.
Com informações de Folha de S. Paulo.
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