Attention pickpockets em Paris! O metrô não precisa estar lotado para que os pickpockets decidam agir. Nas capitais mais visitadas do mundo, o turista precisa se manter alerta – há sempre um novo tipo de golpe. Em Paris, uma técnica antiga é um grupo de meninas cercar o viajante; enquanto umas distraem a vítima, as outras abrem as bolsas e revistam os bolsos.
Você certamente lembra dos vídeos de Monica Poli gritando “Attenzione borseggiatrici! Attenzione pickpocket!” em Veneza, na Itália. O objetivo de Poli e seus colegas é alertar turistas desavisados sobre a ação de batedores de carteira.
De acordo com ela, existem grupos de moradores com táticas e objetivos semelhantes em outras cidades turísticas, como Barcelona, na Espanha.
“Somos um grupo de cerca de 50 pessoas. A primeira vez que pegamos um batedor de carteiras foi em Veneza, uns 30 anos atrás. Acho que fomos o primeiro grupo desse tipo na Itália. Somos o mais antigo”, disse Poli ao The New York Times, há alguns anos.
Em Paris, a ação de pickpockets é conhecida. Não é raro o sistema de alto-falante do metrô anunciar, em vários idiomas, a presença deles nos vagões. Eles estão sempre buscando uma maneira de se aproveitar da distração dos passageiros, como destaca uma reportagem do jornal Le Parisien publicada em janeiro.
Veja aqui três técnicas literalmente desenhadas pela publicação:
1 – A Sujeira
O ladrão joga discretamente um pouco de molho na roupa da vítima – pode ser de um saquinho de ketchup, por exemplo. Depois, dá um jeito de avisar da sujeira.
Enquanto a vítima se preocupa em limpar a roupa, o ladrão rouba o celular, a carteira ou o objeto que estiver mais fácil de ser levado.
2 – O Bloqueio
Esta ação é feita por duas pessoas: a primeira delas derruba alguma coisa em frente da vítima e se abaixa para pegar, impedindo qualquer movimentação no entorno. A segunda pessoa envolvida fica atrás da vítima e aproveita para tirar objetos do bolso ou da mochila enquanto todos estão parados.
3 – O Simpático
O pickpocket pode ser alguém extrovertido e simpático, que se aproxima simulando um abraço ou algo semelhante a um golpe de judô. Nesse caso — descrito como mais clássico –, ele se aproveita para pegar rapidamente o objeto quando estiver mais próximo da vítima.
O Que Fazer
A reportagem cita que os casos envolvendo violência são mais raros — e que os registros vem caindo (leia mais abaixo). O alerta é para que moradores e turistas se mantenham atentos no transporte público e nas ruas, como em qualquer cidade movimentada.
Mantenha a bolsa bem fechada e, de preferência, na frente do corpo. Além do celular, não deixe carteira, dinheiro, cartões e passaporte em lugares visíveis e de fácil acesso — isso vale para os trajetos no metrô, nos ônibus e também em restaurantes e hotéis.
Caso seja vítima de furto ou roubo, você deve procurar a delegacia mais próxima para comunicar o crime e registrar a ocorrência. Se perder documentos, vá até o Consulado do Brasil (65 Av. Franklin Delano Roosevelt, 75008).
“[Os ladrões] se aproveitam principalmente da desatenção de suas vítimas. Podem ser tanto pessoas adormecidas como turistas que não conhecem a cidade e não prestam atenção ao seu entorno”, disse um policial ao jornal Le Parisien.
Polícia Observa Queda nos Registros
De acordo com o texto do Le Parisien, os furtos e roubos representam 69% dos crimes registrados na rede de transportes da Ile-de-France, a região metropolitana de Paris.
Nos primeiros dez meses de 2024, foram 44.924 casos, segundo a polícia. O número impressiona, mas representa uma queda de 13% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Em 2023, foram mais de 63 mil ocorrências. Em 2019, foram 100.490. Para os oficiais, a conscientização – por meio de mensagens e cartazes em vários idiomas – é um dos motivos da redução nos registros.
O grupo RATP, operador responsável pelo transporte da região, disse ao Le Parisien que colabora com a polícia e com o Ministério Público nas investigações e que mantém mil agentes na patrulha da rede e em “missões à paisana”.
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