Uma pesquisa da Deloitte e do Google projeta um aumento de 60% no número de turistas até 2040, com destaque para o crescimento de viajantes oriundos da Índia, China e Estados Unidos, impulsionado pela facilitação de passaportes e vistos. O estudo também prevê mudanças nos destinos mais visitados, colocando a Espanha à frente da França, enquanto países como México, Arábia Saudita e Emirados Árabes ganham espaço, reforçando a necessidade de inovação e adaptação no setor de turismo.
A Deloitte e o Google realizaram uma pesquisa que prevê um aumento de 60% no número de turistas até o ano de 2040. A indústria de turismo é uma das que mais sofreu o impacto da Pandemia do Covid-19. Porém, felizmente ela tem se mostrado notavelmente resiliente. Resiliente demais até! O que faz diversos países como Itália, Espanha e outros, sofrerem para achar soluções a fim de lidar com o chamado overtourism, o turismo em massa. Isso justifica esta previsão tão significativa.
Aqui você encontra:
A Pesquisa
Precisamos ressaltar que esta pesquisa não levou em consideração apenas números, mas também levou em conta estratégias a serem criadas com o objetivo de causar uma transformação neste setor de turismo como, por exemplo, identificar a evolução das necessidades dos viajantes. Vejo que falou o chefe de viagens da Google, Hany Abdelkawi:
Analisamos bilhões de consultas de pesquisa do Google e mais de 90.000 pontos de dados externos das últimas cinco décadas para este novo estudo sobre as tendências de mobilidade global. Ele revela as fortes correlações econômicas e tendências de longo prazo que moldarão o cenário de viagens.
Mudanças no Ponto de Origem dos Viajantes
A pesquisa revela que, até 2040, teremos uma mudança considerável quanto à origem dos viajantes. Os países que terão maior crescimento serão Estados Unidos, Índia e China. Os viajantes indianos, em particular, terão um aumento de até 5 vezes até o ano de 2040! E a justificativa para este aumento é a aquisição e facilitação de passaportes e vistos.
Já os Estados Unidos obviamente são, e continuarão sendo, um grande potencial para o setor de viagens. Hoje eles já representam cerca de 10% do total de viajantes cujo destino é a Europa e representam 40% do total dos viajantes não europeus por todo o velho continente. Via de regra, estes turistas costumam ser fieis a marcas e empresas. Ou seja, as empresas do setor têm como tarefa primordial estabelecer e reforçar sua marca entre este nicho do mercado, se quiserem se firmar e crescer no futuro.
Ampliação dos Horizontes de Destino
Outro aspecto que esta pesquisa revela é que não é apenas a origem dos viajantes que sofrerá alterações: os destinos também sofrerão mudanças. Hoje o país mais visitado do mundo é a França. Mas seu posto será tomado pela Espanha – muito embora a disputa entre os dois países promete ser bastante acirrada!
Outro destino que receberá destaque é o México, que promete receber muitos turistas nos próximos anos.
Já no Oriente Médio dois países estão em destaque quanto a um aumento de visitantes: Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (EAU). A Arábia Saudita vem sendo um destino muito cobiçado pelos turistas do mundo todo, em grande parte devido à sua infraestrutura oferecida, assim como a facilidade de visto de ingresso no país. Já os Emirados Árabes oferecem experiências únicas para os turistas, além de seus luxuosos hotéis. E falando em setor hoteleiro, Raúl González, CEO EMEA do Barceló Hotel Group, comenta que
As marcas em destinos em crescimento precisarão se adaptar a diferentes tipos de viajantes”. Quando as pessoas reservaram um hotel há 30 anos, elas só queriam uma cama. Agora eles querem uma experiência personalizada e local.
É por isso que 92% dos nossos fornecedores de hotéis são locais e recorremos a novas tecnologias, como a nossa sala mágica de experiência virtual. É importante analisar seus dados para entender as novas expectativas dos clientes. Atualmente, estamos construindo nosso próprio CRM, para que possamos criar estadias ainda mais personalizadas no futuro.
Perfil do Viajante do Futuro
Neste tópico, faz-se necessário fazer dividir os viajantes em duas categorias: o viajante emergente e o viajante experiente.
- Viajante emergente – Este viajante, embora possa parecer à primeira vista contraditório, busca destinos já bastante conhecidos e procurados.
- Viajante experiente – Já o interesse do viajante experiente está em locais que vão além do óbvio.
Patricia Ruiz Ramos, que é gerente sênior da Deloitte, explica bem isso:
Os viajantes emergentes – como os da Índia – inicialmente procurarão mercados como destinos de viagem estabelecidos e próximos de casa”. É por isso que os países vizinhos verão primeiro o impacto dos viajantes emergentes. Locais mais distantes, como os da Europa, perceberão os efeitos à medida que o poder de compra desses viajantes aumentar.
Mas a pesquisa também revela que uma coisa vale para os dois tipos de viajantes: ambos estarão muito bem informados e realização uma ampla pesquisa antes de fazer suas opções de viagem. Ou seja, o que eles buscam é certeza, confiança e segurança em suas decisões. Ramos continua:
À medida que a população global envelhece e os indivíduos se aposentam com melhor saúde, um novo segmento de viajantes com necessidades e preferências distintas está surgindo. Isso, juntamente com o crescente interesse em experiências culturais e históricas entre viajantes de países como Japão e China, apresenta uma oportunidade significativa para as empresas de viagens explorarem esse mercado em crescimento, adaptando suas ofertas para atender às demandas específicas desses viajantes.
Conclusão: quem não se adequar e se preparar para estes novos perfis de viajantes e não se atualizar, ficará inevitavelmente para trás e não tirará benefícios do aumento no número de turistas que se projeta até 2040. A palavra é: Inovar, inovar, inovar!
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