O governo da Grécia decretou estado de emergência em outra ilha do país, Amorgos, devido aos terremotos que ocorreram entre 26 de janeiro e 9 de fevereiro. Embora os tremores tenham causado pânico, não houve feridos graves, e medidas de segurança foram adotadas para proteger a população e facilitar o envio de ajuda.
Temos ouvido nos últimos dias sobre os tremores de terra que a ilha de Santorini tem sofrido. Agora o governo grego decreta estado de emergência em outra ilha, também em decorrência de terremotos.
Estamos falando da ilha de Amorgos, uma ilha grega do Mar Egeu, localizada no arquipélago das Cíclades. Esta é a ilha mais oriental do grupo deste arquipélago e também a que fica mais próxima de Dodecaneso.
Amorgos possui uma área total de 121 quilômetros quadrados e 112 quilômetros de costa. Conta com apenas 2.000 habitantes e, por isso, é tida como um destino com menos riscos devido ao menor número de construções e por causa de sua geografia rochosa.
O ponto mais conhecido da ilha é o pequeno mosteiro de Cozoviotissa, que foi fundado no século XI, localizado no meio duma falésia a 300 m sobre o mar em sua costa leste. Inclusive este mosteiro aparece no filme Imensidão Azul – Le Grand Bleu de Luc Besson.
Entre os dias 26 de janeiro e 9 de fevereiro o arquipélago registrou nada menos do que 14 mil tremores de terra! O fato de o governo grego ter decretado estado de emergência no último dia 12 possibilita uma maior facilidade e rapidez quanto ao envio de assistência ao local e uma eficácia maior na gestão de potenciais problemas. Foi o mesmo procedimento adotado em Santorini após a ilha ter registrado um terremoto de magnitude 5,2 na escala Richter, conforme informado pelo Instituto de Geodinâmica do Observatório de Atenas.
E pior, os dados oferecidos pela Universidade de Atenas registram que, neste mesmo período (26 de janeiro a 9 de fevereiro), além de Santorini e Amorgos, foram também registrados tremores em Ios, Anafi e Antiparos. As escolas destas quatro ilhas foram fechadas e o comitê de emergência orientou os moradores a evitarem se aglomerar em locais fechados. Além disso, foi solicitado que as pessoas se afastassem dos portos.
Nao é incomum a ilha de Amorgos ser “chacoalhada” de quando em quando. E a explicação dada pelos especialistas é a que ela fica localizada na fronteira de duas placas tectônicas. Mas desta vez a intensidade dos tremores foi sem precedentes – nada tão severo aconteceu desde 1964, ano em que se iniciaram os registros. O mesmo Instituto de Geodinâmica de Atenas registrou um tremor de 4,9 a cerca de 23 quilômetros na região sudoeste de Amorgos. Duas horas depois foi a vez da região norte da ilha, que passou por um tremor de magnitude 4,6. Mas, felizmente, não houve feridos, nem danos sérios foram registrados.
Uma das ações tomadas pelo governo grego foi a de disparar uma mensagem para os celulares dos moradores de Santorini sobre o alto risco de deslizamentos de terra. Foi também comunicado que o acesso a determinados portos e praias da ilha encontrava-se proibido. Minutos depois, outra mensagem foi enviada, mas desta vez incluindo os habitantes das ilhas de Amorgos e Anafi, alertando sobre a atividade sísmica prolongada e solicitando que as pessoas se preparassem e seguissem as instruções dadas pelas autoridades locais.
O resultado de todo este movimento é que as balsas para Atenas ficaram lotadas. A companhia aérea Aegean comunicou que estava disponibilizando voos extras para que as pessoas pudessem se deslocar para uma área segura, particularmente para Atenas.
Vasilis Karastathis, diretor do Instituto de Geodinâmica de Atenas, em entrevista à estação de rádio SKAI, afirmou que, nos últimos dez dias, foram registrados mais de 380 terremotos na área marítima de Santorini e Amorgos. Os especialistas atribuem estes eventos a falhas submarinas na região.
Curiosamente foi exatamente uma das maiores erupções de toda sua história, ocorrida por volta do ano de 1600 a.C., que concedeu à ilha de Santorini sua forma atual. Este mesmo evento levou à formação de um tsunami que atingiu Creta e extinguiu a civilização minoica que habitava a ilha.
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