Um novo mapa da superlotação turística aponta as cidades da Itália mais impactadas pelo turismo de massa, com destaque para Veneza, Rimini e a surpresa da lista, Bolzano. Rimini lidera em densidade turística, enquanto Bolzano tem mais turistas por habitante. O estudo alerta para riscos à qualidade de vida e cobra medidas urgentes para conter os impactos.
Um mapa desenvolvido pelo Instituto Demoskopika trouxe dados do índice Global de Superlotação Turística, mostrando quais são as principais cidades italianas “vítimas” do chamado “overturism”.
O estudo avaliou uma combinação de cinco indicadores que refletem diferentes dimensões do impacto do turismo na sociedade, meio ambiente e na vida de moradores dessas regiões. Para a surpresa de zero pessoas, cidades como Veneza e Roma figuram na lista, mas há também algumas pequenas surpresas, como Bolzano.
Presença de Bolzano Surpreende
Entre os territórios mais afetados pelo turismo de massa estão Rimini, uma encantadora cidade litorânea da costa oeste da Itália e uma das mais famosas praias do país, que atrai visitantes de todo o mundo e principalmente do próprio continente europeu. Logo em seguida, Veneza, como um dos lugares mais desejados de todo planeta, e em terceiro está a maior surpresa da lista, Bolzano.
Bolzano é uma cidade ao norte da Itália que faz fronteira com a Áustria – tendo sido território austríaco, inclusive -, e por isso tem uma forte influência da cultura desse país, tanto na arquitetura quanto no idioma. Cercada pelos Alpes, é bastante procurada no inverno para práticas de ski, e por diversas vezes foi considerada a melhor cidade italiana para se viver por conta do seu ar puro, serviços eficientes, lazer e emprego, gerando muita qualidade de vida.
Outras cidades mencionadas no levantamento são Livorno, Nápoles, Milão, Trento, Roma, Verona e Triste. O impacto negativo do turismo de massa na Itália é dividido por “muito alto”, “alto” e “moderado”. Entre os que correm os maiores riscos estão lugares como o Vale de Aosta, Florença e Siena, com forte presença turística, gerando impactos nos recursos locais.
Do Outro Lado
No lado oposto ao turismo de massa, algumas cidades da Itália permanecem às margens dos impactos do turismo excessivo como é o caso de Rieti, Benevento, Reggio Calabria, Isernia, Avellino e Campobasso,com lotações bem menos significativas e efeitos limitados na infraestrutura e qualidade de vida local.
No que diz respeito à densidade turística, Rimini e Veneza lideram o ranking com mais de 16 mil visitantes por quilômetro quadrado, respectivamente. Rimini ainda detém o recorde nacional de produção de resíduos urbanos relacionados ao turismo per capita: 76,8 quilos por turista, em comparação com apenas 0,5 quilo em Benevento.
Em termos de intensidade turística, ou seja, a proporção de visitantes em relação à população residente, Bolzano fica em primeiro lugar com 69 turistas por habitante, seguido de Veneza com 47 turistas.
“O turismo excessivo não é apenas um desafio, mas uma prioridade que afeta a sustentabilidade dos destinos italianos. Ele não afeta apenas a experiência turística, mas também a qualidade de vida das comunidades locais”, alertam os pesquisadores do Demoskopika.
Segundo os especialistas, “o aumento da superlotação é um sinal de alerta que exige intervenções urgentes e estratégicas: desde a regulação dos fluxos durante os períodos de pico até a promoção de destinos alternativos, passando pelo incentivo mais eficaz às viagens ao longo do ano, valorizando também os meses tradicionalmente menos turísticos”.
Com informações de ANSA Brasil.
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