O MASP, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, vai passar a abrir até as 21h às sextas-feiras – com entrada grátis a todos os visitantes a partir das 18h. Para garantir o ingresso, é necessário reservá-lo no site do museu.
O novo horário de funcionamento começa a partir desta sexta-feira, 10 de janeiro, sob patrocínio da B3, a bolsa de valores.
Às terças, durante o dia todo (das 10h às 19h), a entrada também é gratuita, com patrocínio do Nubank. Nos outros dias, o benefício da entrada grátis do MASP vale para os seguintes públicos:
- Crianças de até 10 anos,
- Membros do programa Amigo MASP,
- Pessoas com deficiência e seus acompanhantes.
Novo Prédio
Por enquanto, a entrada gratuita é para conferir as exposições do Edifício Lina Bo Bardi, famoso pelo vão aberto e que se transformou em cartão postal de São Paulo. A partir de abril, vai valer também para o novo prédio do MASP, o Edifício Pietro Maria Bardi, que fica ao lado – são 14 andares e quase 8 mil metros quadrados.
O MASP possui, no total, mais de 11 mil obras entre pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de origem europeia, africana, asiática e das Américas. Atualmente, por causa das limitações de espaço, pouco mais de 1% do acervo do museu pode ser exposto.
“O MASP cresceu e ficou maior que seu edifício. Alargar as fronteiras era necessário”, afirma Heitor Martins, diretor-presidente do museu.
A bilheteria será transferida para o novo prédio e o vão livre voltará a funcionar como uma praça pública – como foi idealizado por Lina Bo Bardi. Haverá ainda uma interligação subterrânea entre os dois edifícios sob a rua Prof. Otavio Mendes.
O MASP avalia que a abertura do novo espaço é “o feito mais significativo na história do museu após a sua transferência da rua 7 de Abril, na sede dos Diários Associados, para a Avenida Paulista, em 1968”.
O planejamento é que, para celebrar a inauguração das novas galerias do Edifício Pietro, serão apresentadas exposições com recortes do acervo MASP e uma mostra sobre as histórias do museu.
“Acredito que essa expansão irá consolidar o museu e a própria Avenida Paulista como um eixo cultural”, afirma Alfredo Setubal, presidente do Conselho.
De acordo com o diretor-artístico do MASP, Adriano Pedrosa, o segundo andar e o segundo subsolo do prédio atual devem abrigar exposições de longa duração, com as obras que pertencem ao acervo do museu. As novas galerias vão receber as exposições temporárias.
“Atualmente, a programação do museu tem um cronograma restrito. Esses novos espaços vão proporcionar um respiro maior no calendário e uma melhor organização da narrativa das exposições, além disso, cresceremos o número de mostras por ano”, afirma Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP
Nova Estrutura
O MASP descreveu que o Edifício Pietro tem pavimentos junto ao chão transparentes, em uma consonância com o vão livre, e os andares superiores foram revestidos com chapas metálicas perfuradas e corrugadas.
A ideia era que o novo prédio trouxesse as funcionalidades necessárias e, ao mesmo tempo, seguisse uma arquitetura que ressaltasse àquela que foi desenvolvida por Lina Bo Bardi.
O empreendimento inclui soluções sustentáveis que resultaram na redução do consumo de energia tanto na iluminação quanto na climatização. O projeto foi financiado por doações de pessoas físicas.
“O projeto se equipara à tecnologia aplicada aos melhores museus do mundo e não conheço outra estrutura similar no Brasil. Acredito que o MASP em expansão será um caso ímpar de planejamento e modernidade em nosso país”, diz Júlio Neves, arquiteto que ocupou o cargo de presidente do MASP por 14 anos, até 2009.
O prédio original recebeu o nome da arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992), que o projetou. Pietro Maria Bardi (1900-1999) foi o primeiro diretor artístico do museu.
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