A Lufthansa está considerando adquirir uma participação de 19,9% na TAP Air Portugal, de acordo com informações recentes. A movimentação faz parte de uma estratégia maior do Grupo Lufthansa de expandir sua presença no mercado de aviação europeu e internacional, especialmente em regiões como a América Latina, onde a TAP Air Portugal tem uma forte atuação, principalmente no Brasil.
A TAP, atualmente controlada pelo governo português, está no processo de privatização após registrar um lucro recorde e esgotar sua capacidade de receber ajuda estatal devido às regulamentações da União Europeia. A decisão de vender uma participação na companhia aérea surge como uma maneira de assegurar sua sustentabilidade financeira a longo prazo.
O interesse da Lufthansa em adquirir uma participação minoritária é estratégico. Ao manter a participação abaixo de 20%, o grupo evita a necessidade de aprovação da União Europeia, facilitando o processo de compra. No entanto, essa ação pode ser apenas o primeiro passo de uma estratégia mais ampla, que visa impedir a entrada de outros grandes players no controle da TAP e, eventualmente, aumentar sua participação no futuro, especialmente após a conclusão da integração da ITA Airways ao grupo.
A TAP Air Portugal é uma peça atraente para a Lufthansa devido à sua localização estratégica em Lisboa, que serve como um ponto de conexão ideal para voos entre a Europa e a América Latina. A TAP é uma das principais companhias aéreas que conectam o Brasil a diversos destinos europeus, voando para 11 cidades brasileiras, em contraste com a Lufthansa, que opera apenas para São Paulo e Rio de Janeiro.
O interesse na TAP não é exclusivo da Lufthansa. Outros grandes grupos de aviação europeus, como o Air France-KLM e o IAG, também manifestaram interesse na companhia aérea portuguesa, principalmente devido ao seu acesso privilegiado ao mercado brasileiro. A competição para adquirir uma fatia da TAP reflete a importância estratégica da companhia aérea para qualquer grupo que deseja expandir sua presença na América do Sul.
Embora a Lufthansa pareça ter uma posição favorável devido à sua associação com a Star Alliance e à complementaridade das redes de rotas, ainda há incertezas sobre como o processo de privatização da TAP será conduzido e quais serão as condições impostas pela União Europeia. No entanto, é evidente que a Lufthansa vê na TAP uma oportunidade significativa de expandir sua rede e fortalecer sua presença em mercados emergentes, como o Brasil.
Com informações do portal One Mile at a Time
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