Museu mais visitado do mundo, o Louvre vem enfrentando filas e superlotação e os funcionários entraram em greve. Na última segunda-feira, após uma reunião de rotina, os funcionários decidiram não retomar a seus postos e o estabelecimento teve que ser fechado.
O museu do Louvre, em Paris, na França, é o mais visitado do mundo. A foto da sala lotada em frente ao quadro da Mona Lisa, obra-prima de Leonardo da Vinci, já se tornou um clássico.
Mas muitos turistas nem conseguiram entrar nesta segunda-feira, 16 de junho, embora estivessem na fila em torno das tradicionais pirâmides de vidro e com o ingresso nas mãos.
Cansados e reclamando das condições de trabalho, os funcionários do Louvre decidiram entrar em greve. Foi anunciada uma espécie de paralização por tempo indeterminado.
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A agência de notícias Associated Press informou que a paralisação teve início durante uma reunião de rotina. Atendentes de galeria, da bilheteria e encarregados da segurança se recusaram a reassumir os postos em protesto contra a superlotação.
Para o sindicato, as condições de trabalho estão “insustentáveis”.
“Não se trata apenas das obras de arte, mas de quem as protege”, disse Sarah Sefian, atendente e responsável por serviços ao visitante, à AP.
Em 2023, o Louvre recebeu 8,9 milhões de visitantes. Segundo o governo francês, o museu foi inicialmente pensado para acolher 4 milhões. Somente pela Mona Lisa, passam 20 mil pessoas por dia.
Os bilhetes comprados para esta segunda serão liberados para outro dia – mas ainda não se sabe como vai ser a reabertura do museu. O Louvre fecha normalmente às terças.
Projeto A Longo Prazo
Em janeiro, o presidente da França, Emmanuel Macron, havia anunciado um plano chamado “Novo Renascimento do Louvre”, que promete diversas obras para resolver problemas como vazamento de água e oscilação de temperatura. E também inclui a abertura de uma sala exclusiva para a Mona Lisa, com entrada controlada.

Todos os dias, milhares de turistas ficam aglomerados em frente ao quadro da Mona Lisa | Crédito: Jill Evans, Pexels
O projeto ainda não saiu do papel e os funcionários reclamam que o prazo para que as obras ocorram é muito longo. Além da superlotação e da infraestrutura, eles relatam falta de área de descanso e número insuficiente de banheiros.
Crise Histórica
O palácio que abriga o Louvre foi construído em 1190, durante o reinado de Philippe Augusto. Em 1364, tornou-se residência real e passou por reformas e mudanças na decoração de acordo com o gosto dos reis e rainhas que por ali passaram.
Em 1793, foi aberto como Museu Central das Artes. Hoje, tem mais de 30 mil obras expostas, divididas em nove departamentos – entre eles, antiguidades orientais, egípcias e romanas e artes do Islã. No total, possui a custódia de quase 500 mil obras.
Foram raras as vezes em que o museu ficou fechado, como durante as guerras e a pandemia de covid-19. Em 2019, houve um protesto dos funcionários contra o grande número de turistas, mas houve um aviso com antecedência sobre a situação.
Protestos Contra o Turismo em Massa
No fim de semana, houve uma série de protestos contra o turismo em massa na Europa. Em Palma de Maiorca e Barcelona, na Espanha; em Veneza, na Itália; e em Lisboa, em Portugal, moradores se reuniram para manifestações contra o modelo econômico que atrapalha as comunidades locais, além de encarecer a rotina.
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