A LATAM começou a aplicar em sua frota o Aeroshark, adesivo inspirado na pele de tubarão que reduz o atrito com o ar e promete ganhos operacionais e ambientais. A tecnologia, desenvolvida pela Lufthansa Technik e BASF, foi implementada inicialmente em um Boeing 777 e pode ser expandida para outras aeronaves da companhia.
O material, criado pela Lufthansa Technik em parceria com a gigante química BASF, consiste em uma película com microestruturas projetadas para reduzir o atrito do ar sobre a fuselagem. Em termos práticos, o adesivo altera a superfície do avião com ranhuras microscópicas semelhantes às escamas de um tubarão, otimizando o escoamento do ar e diminuindo a resistência durante o voo.

Foto: Alexandre Saccomani
Essa mudança aparentemente sutil resulta em ganhos operacionais importantes. Segundo dados de testes realizados com outras companhias, o uso do Aeroshark pode reduzir o consumo de combustível em até 1%. Embora o número pareça pequeno, em rotas longas e em larga escala, esse percentual representa uma economia significativa.
Além disso, a redução no consumo de combustível contribui diretamente para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa. Em um momento em que a aviação civil está sob pressão para reduzir seu impacto ambiental, a adoção de tecnologias como o Aeroshark representa um passo importante rumo a um setor mais sustentável.

Foto: Alexandre Saccomani
O primeiro avião da LATAM a receber o Aeroshark é um Boeing 777, modelo utilizado principalmente em voos internacionais de longa duração. Técnicos especializados aplicaram os adesivos nas áreas estratégicas da fuselagem, como parte do programa de modernização e eficiência da frota. A aplicação é feita em solo e exige alto nível de precisão, garantindo que as microestruturas funcionem como planejado.
“A inovação faz parte da nossa estratégia de longo prazo, especialmente quando ela traz benefícios operacionais e ambientais”, afirmou um porta-voz da LATAM. A empresa, que vem investindo na renovação da frota e em medidas sustentáveis, enxerga o Aeroshark como um aliado importante no caminho para a neutralidade de carbono.

Foto: Alexandre Saccomani
A Lufthansa Technik e a BASF destacam que a tecnologia foi testada exaustivamente antes de ser liberada para uso comercial. O produto já está sendo aplicado em aviões da Lufthansa Cargo e Swiss International, e deve se expandir para outras companhias globais nos próximos anos.
A LATAM não confirmou se mais aeronaves receberão o Aeroshark, mas indicou que acompanha de perto os resultados da aplicação inicial. Caso os testes operacionais confirmem os benefícios esperados, é provável que a tecnologia seja estendida para outras unidades da frota, especialmente as que operam rotas transcontinentais.
No cenário atual da aviação, qualquer inovação que represente ganho de eficiência e redução de custo é vista como estratégica. A combinação entre engenharia biomimética e sustentabilidade mostra como o setor aéreo pode evoluir com criatividade e compromisso ambiental.
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