A LATAM anunciou uma mudança significativa em sua estratégia de atuação no Brasil. A companhia decidiu encerrar a parceria com a VOEPASS, que operava voos regionais para cidades menores, e agora passará a concentrar esforços no fortalecimento de sua malha doméstica principal, atendida pela família de aeronaves Airbus A320.
Durante coletiva de imprensa realizada nesta última segunda-feira, 28 de abril, o CEO da LATAM Brasil, Jerome Cadier, explicou que a decisão foi motivada pelo potencial de crescimento ainda não explorado em cidades médias e grandes. Para esses mercados, a companhia tem totais condições de atendimento de demanda com a atual frota da companhia.
“Ao encerrar a parceria com a Voepass, estamos voltando nosso foco para o mercado que já operamos com a nossa frota principal. Ainda vemos potencial de crescimento em algumas cidades que podem ser atendidas com os aviões da família A320”, afirmou.
Mudança de Estratégia e Plano de Expansão
A parceria com a VOEPASS tinha como objetivo viabilizar a presença da LATAM em cidades de menor porte. Era uma estratégia complementar, que buscava competir no mercado regional brasileira com a malha da Azul Linhas Aéreas. No entanto, a partir dos recentes desdobramentos e situação crítica da VOEPASS, a companhia decidiu suspender esse plano por tempo indeterminado.
Jerome Cadier também revelou que a LATAM estuda a possibilidade de incorporar novos modelos de aeronaves voltados ao mercado regional no futuro, mas reforçou que nenhuma decisão será tomada no curto prazo. O CEO afirma que esse planos ficarão para um futuro.
Apesar da pausa no avanço para cidades menores, a companhia vive um momento favorável. O CFO Ricardo Bottas destacou que o bom desempenho da LATAM no primeiro trimestre de 2025 reflete não apenas a eficiência operacional, com controle de custos e taxa de ocupação saudável de 83,3%, mas também uma perspectiva econômica mais positiva para a América do Sul.
Neste sentido, a decisão da companha reflete uma estratégia de priorizar a rentabilidade da operação. O foco será o que vem dando certo: manter o olhar para mercados mais consolidados, com maior volume de passageiros e eficiência operacional. Além disso, a companhia busca aproveitar ao máximo a capacidade atual de sua frota de aeronaves.
1º Trimestre com Resultados Sólidos
Em paralelo à mudança de estratégia, a LATAM divulgou seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025, confirmando um momento de solidez operacional e financeira.
A companhia transportou 21 milhões de passageiros no período e registrou um lucro líquido de US$ 355 milhões — um crescimento de 37,6% em comparação com o mesmo trimestre de 2024. Além disso, a margem operacional ajustada chegou a 16,8%, e o EBITDAR ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e arrendamentos) ficou próximo de US$ 1 bilhão.
As receitas operacionais totais somaram US$ 3,411 bilhões, com aumento de 2,7% ano a ano. Desse total, houve crescimento de 1,6% nas receitas de passageiros e de 9,8% nas receitas de carga. O resultado operacional ajustado foi de US$ 573 milhões, avanço de 23,9% em relação ao mesmo período de 2024.
Com forte geração de caixa — US$ 585 milhões em fluxo operacional ajustado e US$ 189 milhões em caixa líquido — a LATAM encerrou o trimestre com liquidez equivalente a 28,4% das receitas dos últimos 12 meses. A alavancagem líquida ajustada da companhia está em 1,5 vezes.
Em capacidade (ASK), houve crescimento de 7,3%, com destaque para a expansão de 10,7% nas operações internacionais. Ao todo, a LATAM opera agora em 153 destinos em 27 países.
Diante do bom desempenho, a LATAM revisou para cima suas projeções para 2025. A nova previsão indica margem operacional ajustada entre 13% e 15%, e EBITDAR ajustado entre US$ 3,4 bilhões e US$ 3,75 bilhões. Segundo, O CFO do grupo, Ricardo Bottas, destaca:
“A capacidade de adaptação operacional e financeira da LATAM permite que ela esteja bem preparada para enfrentar os próximos meses, aproveitando a agilidade do grupo para entregar resultados sólidos e capturar oportunidades em toda a região.”
</blockquote>
A empresa também anunciou um programa de recompra de até 1,6% das ações em circulação nos próximos 18 meses, no valor esti
mado de US$ 153 milhões. Além disso, as agências de classificação de risco S&P Global Ratings e Fitch Ratings elevaram a nota da LATAM para “BB”, com perspectivas estável e positiva, respectivamente.
Tome Nota
A nova estratégia da LATAM mostra uma companhia focada em consolidar sua operação nos principais centros urbanos do país, ao mesmo tempo em que colhe os frutos de uma gestão disciplinada e rentável. Além disso, observa-se um movimento de crescimento e busca por mercados internacionais, especialmente na América do Sul e Europa.
Os resultados positivos do primeiro trimestre reforçam a solidez do grupo e indicam que, mesmo com a pausa na expansão regional, o crescimento sustentável segue no radar.
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