A Justiça Federal determinou a suspensão das atividades do parque aquático Arraial D’Ajuda Eco Parque, em Porto Seguro, após quase 20 anos de descumprimento de normas ambientais, incluindo a construção de um muro que dificulta o acesso à Praia de Mucugê em maré cheia. O parque tem 30 dias para encerrar as operações e só poderá reabrir após se adequar às exigências de órgãos ambientais.
A Justiça Federal determinou a suspensão das atividades do Arraial D’Ajuda Eco Parque, em Arraial D’Ajuda, distrito de Porto Seguro, Bahia. A decisão atende a uma ação do Ministério Público Federal, que alegou falta de cumprimento de normas ambientais, além do fechamento da praia para o público.
Isso porque o empreendimento construiu um muro de arrimo, o que dificulta a passagem de pedestres pela Praia de Mucugê, um dos principais pontos turísticos do sul da Bahia. Segundo moradores, em dias de maré cheia, o acesso é praticamente impossível e turistas desavisados podem ser arrastados pela maré.
Briga na Justiça é Antiga
Além do parque aquático, que é o maior da região de Porto Seguro e também é um dos principais atrativos para turistas que viajam em família, o empreendimento conta com um resort, que seguirá funcionando normalmente.
A briga da Justiça com o Eco Parque, no entanto, não é de hoje. Em 2007, o MPF moveu a primeira ação civil pública contra as empresas responsáveis pelo parque, no caso a Arraial d’Ajuda Eco Parque e Cirne Empreendimentos e Participações.
Ambas eram acusadas de limitar o acesso de pedestres com cerca e muro em relatórios publicados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O parque teve que atender a uma série de exigências, como recuar o muro, diminuir a altura e fazer uma rampa de acesso.
Em fevereiro deste ano, os dois órgãos fizeram uma vistoria no local e informaram terem visto o cumprimento parcial da sentença proferida em 2009, mas que ainda faltam a rampa e o projeto paisagístico com a implantação de vegetação nativa, cores e materiais naturais visando mitigar os impactos ambientais.
Parque Tem 30 Dias para Encerrar Operações
Apesar de atender às exigências, a travessia de pedestres pela praia continuou obstruída durante os períodos de maré cheia. Por isso, o projeto não foi aprovado pelo Iphan e o juiz Pablo Baldivieso determinou a suspensão das atividades do parque neste mês. Na decisão, ele reiterou que o Arraial D’Ajuda Eco Parque teve quase 20 anos para solucionar o problema.
Agora o empreendimento tem 30 dias para encerrar as operações e só poderá reabrir após se readequar à medida e cumprir as normas ambientais. Segundo a administração do parque, eles já estariam adotando todas as medidas necessárias para cumprimento imediato da decisão.
Até o momento, nas redes sociais, o parque diz que segue funcionando normalmente e em seu site as vendas para os próximos meses continuam, com ingressos custando a partir de R$ 165 para um dia de visita. A suspensão emitida pela Justiça não é informada.
Para Saber Mais
Para ler outras notícias que publicamos recentemente no Pontos pra Voar, clique aqui.
Que tal nos acompanhar no Instagram para não perder nossas lives e também nos seguir em nosso canal no Telegram?
O Pontos pra Voar pode eventualmente receber comissões em compras realizadas através de alguns dos links e banners dispostos em nosso site, sem que isso tenha qualquer impacto no preço final do produto ou serviço por você adquirido.
Quando publicamos artigos patrocinados, estes são claramente identificados ao longo do texto. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.
Não usamos inteligência artificial na geração de conteúdo do Pontos pra Voar. Os conteúdos são autorais e produzidos pelos nossos editores.