Ladrões invadiram galeria do Museu do Louvre, onde ficam joias e pedras preciosas da realeza da França, e roubaram oito joias. Até a noite de domingo, ninguém foi preso. Governo francês promete recuperar peças e levar responsáveis à Justiça.
Roubo no Louvre
Oito joias foram levadas do Museu do Louvre, em Paris, no domingo (19). O museu mais visitado do mundo teve que ser evacuado e fechado. Até a publicação deste texto, ninguém foi preso.
Os funcionários já haviam reclamado de problemas de infraestrutura e segurança. Mas a facilidade com que os ladrões entraram no local surpreendeu a todos. A imprensa internacional classifica o furto como “cinematográfico”.
O governo francês promete recuperar as peças e prender os responsáveis pelo caso. E alega que o plano de renovação do museu, divulgado em fevereiro, contempla melhorias na segurança.
A Procuradoria de Paris investiga o caso como suspeita de “furto organizado e conspiração criminosa para cometer um crime”. Um serviço especializado em combate ao tráfico ilegal de bens culturais participa da apuração.
Como Foi o Roubo ao Museu do Louvre
O museu abre às 9h da manhã. Já havia visitantes lá dentro quando os ladrões entraram na Galeria de Apolo, que guarda uma coleção de joias e pedras preciosas da monarquia e do império francês, por volta das 9h30 (horário local).
Os ladrões usaram uma escada móvel para alcançar a janela que fica na lateral do rio Sena. Com uma ferramenta para serrar, quebraram a janela e invadiram o museu. Toda a ação durou sete minutos.
Segundo as investigações, pelo menos quatro homens participaram do furto – dois chegaram em um caminhão com a escada móvel e os outros dois, em uma moto. Eles usaram coletes amarelos, que pareciam de operários. Ainda não se sabe se há envolvimento de alguém do museu.
O governo francês acredita que o grupo é “experiente”. Eles fugiram em scooters.
Uma brasileira estava gravando imagens dentro do museu, perto da janela quebrada, quando ouviu um forte barulho e foi orientada a deixar o local – o G1 divulgou com exclusividade as imagens abaixo.
O Que Foi Roubado
Oito peças foram roubadas neste domingo, conforme as informações divulgadas à imprensa. Entre elas, estão coroas, colar, brincos e um broche que ficavam em vitrines de vidro quebradas pelos ladrões.
O ministro do Interior da França, Laurent Nuñez, disse que as joias têm “valor inestimável”.
Uma coroa pertencente à imperatriz Eugênia, que foi mulher de Napoleão III, foi encontrada quebrada nas proximidades. A suspeita é que ela caiu durante a fuga.

O Ministério da Cultura afirmou que também foram levados:
- Um colar de esmeraldas e um par de brincos de esmeralda pertencentes à imperatriz Maria Luísa.
- Uma tiara, um colar e um brinco com safiras que foi da rainha Maria Amélia e da rainha Hortência.
- Uma tiara e um broche que pertenceram à imperatriz Eugênia.
- Um broche identificado como “relicário”.
O Que Diz o Governo
O governo francês avalia que foi “um ataque a um patrimônio” que faz parte da história do país.
“Tudo está sendo feito, em todos os lugares, para capturar os ladrões”, disse o presidente da França, Emmanuel Macron, em entrevista à rádio X-rated. Ele prometeu recuperar as joias e levar os criminosos à Justiça.
A ministra da Cultura, Rachida Dati, disse que a “vulnerabilidade” dos museus franceses é um problema antigo e que é necessário adaptar as estruturas. Ela informou logo cedo, nas redes sociais, que o Louvre havia sido roubado e ninguém havia ficado ferido.
Em junho, os funcionários do Louvre cruzaram os braços, reclamando das condições de trabalho “insustentáveis”. Agora, os sindicatos voltaram a reclamar da responsabilidade do governo.
“A responsabilidade do governo é avassaladora, e já passou da hora de o presidente da República e a ministra da Cultura atenderem aos alertas feitos pelos funcionários e seus representantes”, disse o sindicato Solidaires em comunicado enviado à imprensa francesa. Para a organização, o roubo “demonstra violações de segurança de gravidade sem precedentes, mas amplamente previsíveis”.
Aos jornalistas, sindicalistas reclamaram que, nos últimos 15 anos, houve corte de 200 funcionários – embora o número de visitantes tenha aumentado.
Como é a Galeria de Apolo
A Galeria de Apolo foi projetada como uma sala de recepção para Luís XIV, o “Rei Sol”, de acordo com a assessoria de imprensa do museu. O monarca reformou a sala após um incêndio no palácio com uma homenagem ao deus grego Apolo, que simbolizava a luz.

Galeria de Apolo | Créditos: Divulgação
A galeria tem 600 metros quadrados, foi construída há mais de 350 anos e decorada ao longo de dois séculos por alguns dos maiores artistas da história da França, como Lagrenée e Delacroix.
Ela serviu de modelo para a Galeria dos Espelhos, um dos espaços mais fotografados do Castelo de Versalhes.
A Galeria de Apolo guarda joias e pedras preciosas da monarquia e do império. Uma delas, o diamante Regent, é avaliada em mais de 60 milhões de dólares (mais de R$ 370 milhões), segundo a casa de leilões Sotheby’s. Ele não foi levado pelos ladrões.
Outros Roubos no Louvre
Com 73 mil metros quadrados, o Louvre é o museu mais visitado do mundo – no ano passado, foram quase 9 milhões de entradas, sendo 80% estrangeiros.
O acervo reúne mais de 33 mil obras, com antiguidades, esculturas e pinturas. Algumas das obras de arte mais famosas do mundo ficam no Louvre, como a Mona Lisa, a Vênus de Milo e a Vitória de Samotrácia.
Outros roubos já foram registrados no local. A própria Mona Lisa foi levada por Vincenzo Peruggia, um ex-funcionário, em 1911 – muitos dizem que isso ajudou a torná-la famosa. Ela foi recuperada dois anos depois, na Itália.
Em 1998, um quadro do francês Camille Corot foi roubado – e nunca foi encontrado.
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