O Procon de São Paulo e a Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) assinaram esta semana um acordo em que a empresa se compromete a reembolsar as pessoas lesadas pelo cancelamento de voos. No dia 17 de dezembro a companhia suspendeu as operações e deixou mais de 45 mil passageiros sem embarcar no fim do ano.
De acordo com o Procon, o Termo de Compromisso Voluntário não isenta a ITA de responsabilidade administrativa ou judicial.
Pelo acordo, a Itapemirim deve:
- Acolher os pedidos de reembolso e fazer o estorno junto à instituição financeira responsável pelo cartão de crédito em até dez dias.
- No caso de compras parceladas, esse estorno será feito no prazo do cartão.
- transportar os passageiros afetados até a cidade onde vivem, de preferência por meio aéreo.
- Se não houver assentos disponíveis, a empresa deve fornecer outro meio de transporte e ressarcir integralmente a passagem.
- Pagar despesas de hospedagem, alimentação e transportes feitas pelos passageiros prejudicados pelo cancelamento dos voos.
- Disponibilizar um canal de atendimento 24 horas por telefone ou para as unidades do Procon em vários estados.
- Manter atendimento presencial nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo.
Se descumprir o acordo, a empresa será multada em R$5 milhões.
O que Aconteceu
No dia 17 de dezembro a Itapemirim anunciou num comunicado a suspensão temporária das operações no Brasil. Afirmou que a decisão foi tomada para que fosse feita uma reestruturação interna.
Alguns voos chegaram a ser cancelados quando os aviões já estavam taxiando. Só em Guarulhos cerca de 100 passageiros ficaram sem voo.
Só para o último dia do mês a empresa tinha 514 voos programados.
As Medidas
O diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, afirmou em nota que: “Esse acordo é importante para assegurar o reembolso aos consumidores”. Na semana passada, ele afirmou ver “má-fé e irresponsabilidade” na companhia e orientou que os consumidores a fazer reclamações formais no site do Procon.
O Procon do Rio de Janeiro também instaurou um processo de investigação contra a Itapemirim por possíveis violações ao direito do consumidor.
O Ministério da Justiça abriu um processo administrativo para apurar falhas na Itapemirim e enviou uma notificação urgente à empresa no último dia 24 de dezembro pedindo esclarecimentos no prazo de 20 dias. Se as respostas não forem consideradas adequadas, a companhia pode ser punida com multas, suspensão de autorização para oferecer serviços ou até uma intervenção
CEO Diz que Empresa Volta a Voar
O presidente da Itapemirim, Sidnei Piva, disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que a empresa deve voltar a voar. “Suspenso não é cancelado. Quando voltarmos, teremos de preencher todos os questionários da Anac, mas a Itapemirim deverá estar apta para voltar em breve”.
Segundo o presidente da empresa, as atividades da Ita foram suspensas por um problema “operacional”. A Orbital, uma das empresas contratadas, teria interrompido as atividades “repentinamente”. Em resposta ao Estadão, o presidente da Orbital, Rubens Filho, disse que as afirmações são “inverdades”, e que segue prestando assistência aos passageiros afetados.
O presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Juliano Noman, afirmou que a empresa não pode simplesmente suspender operações e depois dizer que voltará a voar: “fomos pegos de surpresa. Não esperávamos que a companhia fosse parar.
Estávamos acompanhando as operações da ITA, assim como de todas as outras empresas. Havia um movimento de retomada. A própria ITA estava melhorando a ocupação das aeronaves porque, na medida em que vai ficando mais conhecida, mais as pessoas compram suas passagens.”
Para Saber Mais
Outras informações sobre o caso da Itapemirim neste post aqui.
Que tal nos acompanhar no Instagram para não perder nossas lives e também nos seguir em nosso canal no Telegram?
O Pontos pra Voar pode eventualmente receber comissões em compras realizadas através de alguns dos links e banners dispostos em nosso site, sem que isso tenha qualquer impacto no preço final do produto ou serviço por você adquirido.
Quando publicamos artigos patrocinados, estes são claramente identificados ao longo do texto. Para maiores informações, consulte nossa Política de Privacidade.