O turismo na Itália superou os números da pré-pandemia, ultrapassando até mesmo a média de toda a União Europeia, com 15,2% de crescimento. Diante do turismo massivo, autoridades de Nápoles propõe a criação de uma taxa de turismo, mas que gerou desacordo entre comerciantes e autoridades locais
O turismo na Itália superou o número de visitantes da pré-pandemia, ultrapassando inclusive a média da União Europeia. Segundo o Instituto Nacional de Estatística italiano (ISTAT), em 2023, o país recebeu 133,6 milhões de chegadas e 447,2 milhões de pernoites.
Em 2019, esses números eram de 131,4 milhões de chegadas e 436,7 milhões de pernoites, que era, até então, o maior ano da história para o setor de turismo do país. Ainda em relação a 2022, esses números cresceram 12,8% e 8,5%, respectivamente.
Movimento Foi Puxado por Turistas Estrangeiros
Os turistas estrangeiros foram os maiores responsáveis por essa quebra de recordes pré-pandêmico, uma vez que foram mais da metade do total (52,4%) com 234,2 milhões de pernoites contra 213 milhões dos próprios italianos.
As cidades do país que receberam o maior número de turistas foram Roma, com 37,2 milhões, Veneza, com 12,6 milhões, Milão, com 12,5 milhões e Florença, com 8,9 milhões de pernoites.
Números Superaram União Europeia
Outro dado que a pesquisa do ISTAT trouxe é que o crescimento de turistas na Itália durante o ano de 2023 foi maior do que média da União Europeia, que cresceu 6,8% em relação a 2022, enquanto o país italiano teve alta de 8,5%.
A Itália, inclusive, ficou em terceiro lugar no ranking de pernoites da EU, com 15,2%, ficando atrás apenas da Espanha e da França.
Nápoles – Taxa de Turismo Gera Polêmicas e Discussões
Inspirada pelas recentes tomadas de decisões em Veneza, as autoridades de Nápoles preparam uma proposta para introduzir uma taxa de acesso para visitantes na via San Gregorio Armeno, uma das mais famosas ruas comerciais da cidade.
A iniciativa prevê a cobrança de uma taxa de entrada de 5 euros para o turista, com o objetivo de tentar conter o turismo de massa. Lembrando que a rua é conhecida por seus tradicionais presépios artesanais, com estatuetas de diversas personalidades italianas e internacionais.
A medida, porém, gerou discussão tanto por parte das autoridades regionais quanto dos lojistas, que recusaram a proposta. A conselheira regional, Marì Muscarà, chegou a afirmar que a gestão turística é desprovida de planejamento e visão estratégica, alegando que Nápoles não é comparável a Veneza.
“Precisamos de ações concretas para conter e gerir o turismo, e não de medidas superficiais como uma taxa de entrada. A questão não é cobrar, mas sim organizar um turismo programado e planejado, algo que o município de Nápoles evidentemente não consegue fazer”, criticou Muscarà.
De acordo com a conselheira, há a necessidade de se redistribuir os fluxos turísticos por toda a cidade, evitando concentrações excessivas, alargando o turismo para outros locais como Capodimonte, com a sua arte e música, o Conservatório, as Catacumbas da Saúde e muitos outros tesouros “escondidos”.
“O turismo deve ser transmitido com sabedoria, valorizando a arte, a cultura e a história espalhadas pela cidade. Desta forma, protege-se não só o patrimônio artístico e cultural, mas também a segurança e habitabilidade do Centro Histórico. Cobrar um bilhete de entrada em terras públicas é uma cultura que não pertence a Nápoles, pertence a todos, mas que deve ser protegida”, concluiu.
Com informações de ANSA.
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