A Iberia apresentou seu novo plano estratégico para os próximos anos, chamado de Flight Plan 2030, que prevê um investimento de €6 bilhões até o fim da década. A meta é não apenas consolidar Madri como um hub global de relevância, mas também transformar a própria Iberia em uma companhia aérea mais competitiva, eficiente e conectada às demandas do passageiro moderno.
O plano contempla a expansão da frota, a abertura de novos destinos (com foco especial nas Américas), a modernização completa dos interiores de suas aeronaves e melhorias na infraestrutura em solo, além de uma forte aposta na digitalização, inovação e sustentabilidade.
Expansão da frota
Um dos pilares do Flight Plan 2030 é a expansão da frota de longo curso. Atualmente, a Iberia opera com 45 aeronaves widebody voltadas para voos intercontinentais. A meta é elevar esse número para 70 aviões, uma ampliação de mais de 50% até 2030.
O reforço virá por meio da chegada de novos Airbus A350-900, além dos A321XLR e dos recém-encomendados A330-900neo, mais eficientes em consumo de combustível e emissão de carbono. Essas encomendas fazem parte do pedido global do grupo International Airlines Group (IAG), do qual a Iberia faz parte, junto com British Airways, Aer Lingus e Vueling.
A modernização não se restringe à frota de longo alcance. A companhia também irá renovar boa parte dos aviões de curta e média distância, substituindo modelos antigos pelos mais eficientes A320neo e A321neo, reduzindo custos operacionais e impactos ambientais.
Além de melhorar a eficiência, essa frota modernizada permite abrir novas rotas, ampliar frequências e oferecer uma experiência de voo mais confortável.
Novos destinos: foco nas Américas
Com mais aeronaves, vêm mais destinos. A Iberia já confirmou a abertura de rotas para três mercados importantes na América do Norte:
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Toronto (Canadá)
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Philadelphia (Estados Unidos)
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Monterrey (México)
Essas cidades se somam aos anúncios recentes de voos para Orlando (EUA) e para duas capitais brasileiras: Recife e Fortaleza, reforçando a presença da Iberia no Brasil, além da já consolidada operação em São Paulo e Rio de Janeiro.
A estratégia da Iberia é fortalecer a conectividade entre a Europa e as Américas, colocando Madri como uma alternativa relevante frente aos hubs tradicionais de Londres (LHR), Paris (CDG), e Frankfurt (FRA).
Há também expectativa de que a companhia continue avaliando novas oportunidades no Atlântico, tanto na América do Norte quanto na América Latina.
Uma Iberia focada na experiência do passageiro
Se a expansão da malha aérea chama atenção, a transformação na experiência do cliente não fica atrás. A Iberia anunciou que irá renovar 100% das cabines de suas aeronaves de longo curso. Embora os detalhes específicos dos novos interiores não tenham sido divulgados, a expectativa é de grandes melhorias, especialmente na classe executiva.
Nos bastidores, espera-se a introdução de uma nova geração de poltronas, com mais conforto, privacidade, conectividade de última geração e melhorias nos sistemas de entretenimento a bordo. Além disso, os aviões de corredor único também passarão por ajustes para otimizar o espaço de bagagem, com a instalação de compartimentos superiores maiores.
No solo, os passageiros de classes superiores ganharão um novo espaço exclusivo: uma nova sala VIP no Terminal 4 do Aeroporto de Madri-Barajas, complementando o lounge atual que, especialmente em horários de pico, opera próximo ou além de sua capacidade ideal.
Inovação e tecnologia
Outro eixo do plano da Iberia é o investimento pesado em digitalização, inteligência artificial e automação, tanto para aprimorar a operação quanto para melhorar a jornada do cliente.
A companhia quer focar na personalização dos serviços, na antecipação de necessidades dos passageiros e na redução de fricções, desde o processo de reserva até o pós-viagem.
Além disso, a Iberia irá construir a chamada “Ciudad Iberia”, um novo centro corporativo e de inovação, localizado em La Muñoza, nas imediações do aeroporto de Madri. A instalação será um hub tecnológico voltado ao desenvolvimento de soluções em aviação, treinamento, manutenção e serviços corporativos. A ideia é que o complexo se torne uma das referências europeias em inovação aeronáutica.
Tome Nota
O investimento no Flight Plan 2030 sinaliza uma Iberia que não apenas quer crescer, mas que percebe a necessidade de se colocar no jogo de forma mais competitiva. A aposta em mais conectividade entre Europa e Américas é uma decisão que faz sentido diante do crescimento do tráfego transatlântico, especialmente no pós-pandemia.
O desafio, claro, está nos fatores externos. O setor aéreo continua sujeito a volatilidades, especialmente geopolíticas e econômicas. Sem contar que transformar Madri em um hub de mesmo peso que Heathrow, Charles de Gaulle ou Frankfurt não será tarefa simples. Envolve não só ampliar a frota e abrir rotas, mas também depender da infraestrutura aeroportuária, da competitividade nas conexões e da atratividade para passageiros e parceiros.
De toda forma, o investimento da Iberia mostra que a espanhola está com uma boa visão de futuro: uma Iberia maior, mais moderna, mais digital e, sobretudo, mais preparada para competir em um mercado global cada vez mais acirrado.
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