O grupo IAG confirmou interesse na compra da TAP Air Portugal, mirando rotas importantes para Brasil, África e América do Norte. A privatização da TAP reacende disputas geopolíticas no setor aéreo europeu.
O grupo IAG, que controla empresas como British Airways, Iberia e Aer Lingus, confirmou seu interesse na compra da TAP. A manifestação ocorre após o governo português retomar o processo de privatização da TAP Air Portugal, com a oferta de 44,9% das ações a um parceiro estratégico do setor. O modelo também prevê a possibilidade de destinar até 5% dos papéis aos funcionários, reforçando o caráter participativo da proposta.
A operação visa transformar o aeroporto de Lisboa em um ponto de conexões entre Europa, América Latina e África – mercados nos quais a TAP tem presença consolidada. A compra da TAP pela IAG teria como objetivo fortalecer sua posição no sul da Europa e ao mesmo tempo bloquear o avanço dos grupos Lufthansa e Air France – KLM.
“A IAG acolhe o processo de privatização. Acreditamos que a TAP prosperaria como parte do modelo distinto e comprovado da IAG, que se concentra em investir em companhias aéreas e expandir hubs estratégicos”, afirmou um porta-voz à agência Reuters.
O interesse da IAG reforça a intenção de manter Lisboa como centro operacional da TAP, ampliando sua capilaridade internacional. O grupo já administra hubs em Madri, Londres e Dublin, e vê em Lisboa uma alternativa altamente competitiva para ligações transatlânticas.
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Outros dois grandes grupos também estão na disputa: o alemão Lufthansa e o consórcio Air France-KLM. Ambos mantiveram reuniões com o governo português nos últimos meses. A decisão final levará em conta não apenas o aporte financeiro, mas também a capacidade de agregar rotas, eficiência e integração internacional à TAP Air Portugal.
Para o grupo IAG, a compra da TAP representaria acesso privilegiado a rotas para o Brasil, com voos regulares para São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Recife, entre outras capitais. Além disso, a TAP opera conexões importantes com países africanos de língua portuguesa e diversas cidades dos Estados Unidos.
A privatização da TAP ocorre após anos de dificuldades financeiras, reestruturações e apoio estatal. A nova etapa busca um parceiro que preserve o protagonismo da empresa no hub de Lisboa e contribua para sua internacionalização, sem comprometer os interesses nacionais.
Se o acordo for concretizado, Lisboa poderá assumir um papel ainda mais relevante no mapa da aviação europeia, reforçando sua vocação de ponte entre continentes e oferecendo novas opções de destinos, especialmente para passageiros vindos da América do Sul.
O resultado dessa disputa deve ser anunciado nos próximos meses, com impactos diretos para o futuro da TAP, seja com a compra pela IAG, ou outro grupo, e para o equilíbrio do mercado aéreo europeu.
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