O governo de Portugal deu sinal verde para a segunda fase da privatização da TAP Air Portugal, habilitando os três grupos finalistas: Air France-KLM, IAG e Lufthansa. A decisão autoriza a estatal Parpública a convidar oficialmente as companhias para apresentar propostas detalhadas de compra de até 49,9% do capital da aérea, mantendo o controle estatal e reservando 5% das ações aos funcionários.
A medida confirma o peso estratégico da TAP no mercado europeu. O hub de Lisboa, sua rede intercontinental e a liderança nas rotas entre Portugal e Brasil continuam no centro da disputa, com os grandes grupos vendo a companhia como uma ponto de expansão na margem atlântica.
Próximos passos
Com a autorização, o processo entra na etapa de due diligence e entrega de propostas não vinculativas, que precedem as ofertas finais. De acordo com publicações econômicas de Lisboa, o governo português mantém o objetivo de escolher o comprador até o verão de 2026, seguindo avaliação técnica e concorrencial da Comissão Europeia.
A orientação oficial é privilegiar o plano industrial e a solidez financeira, valorizando projetos que garantam a manutenção do hub de Lisboa e o fortalecimento da conectividade com Porto, Brasil e África. Segundo fontes oficiais, o foco será encontrar um “parceiro estratégico de longo prazo” capaz de gerar sinergias sem comprometer a concorrência.
Contexto: TAP valoriza ativo com resultados e rotas importantes
A TAP concluiu nos últimos anos um programa de reestruturação com apoio estatal aprovado por Bruxelas, voltando aos lucros e ampliando tráfego recorde nas ligações transatlânticas. Esse desempenho elevou o valor do ativo, justamente no momento em que o governo reabre o processo de privatização, formalmente autorizado em agosto de 2025 e regulamentado em setembro pelo Conselho de Ministros.
Os interessados observam a posição geográfica privilegiada de Lisboa, que oferece alcance natural para África e a América do Sul. Além disso, a base lusa funciona como porta de entrada europeia para mercados onde a companhia já é líder, especialmente o brasileiro.
Os três grupos em disputa
Cada finalista no processo de privatização defende estratégias distintas para integrar a TAP:
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Lufthansa Group prioriza participações minoritárias e tem histórico recente de aquisições na Europa, como ITA Airways e Air Dolomiti.
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Air France-KLM declarou publicamente interesse na compra e promete compromissos industriais em Portugal.
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IAG (dona da Iberia e British Airways) argumenta que teria menor sobreposição de rotas, o que simplificaria a análise de concorrência em Bruxelas.
Independentemente do vencedor, o processo de privatização da TAP será minucioso: qualquer estrutura final passará pelo crivo da Comissão Europeia, que avaliará impactos sobre competição e malha aérea continental.
Impacto limitado no curto prazo
Para passageiros e parceiros comerciais, nada muda por enquanto. A TAP mantém voos, programas de fidelidade e operações regulares sem interferência durante a fase de negociação. No médio prazo, espera-se que o novo parceiro traga sinergias de rede, modernização de frota e previsibilidade de frequências, especialmente nas rotas de longo curso.
O trade de turismo e negócios segue acompanhando o calendário com cautela, mas com otimismo. A janela até 2026 deve garantir estabilidade nas vendas e tempo hábil para ajustar novos acordos de distribuição e codeshare.
Decisão que pode redefinir o mapa aéreo atlântico
Com três gigantes europeus na disputa, a privatização parcial da TAP entra em sua fase decisiva. O resultado apontará não apenas quem assume parte da companhia, mas também que modelo prevalecerá na próxima década: integração com grandes grupos ou preservação de autonomia sob coordenação estatal.
Lisboa, por sua vez, reforça seu papel de hub central entre Europa, América do Sul e África – um ativo que todos os concorrentes pretendem incorporar à própria rede.
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