O governo italiano confirmou a venda de 49% da ITA Airways para a Lufthansa por 325 milhões de euros, recusando o desconto solicitado pela companhia alemã. O acordo, que aguarda aprovação da Comissão Europeia, reforça o plano estratégico da Lufthansa de adquirir 100% da ITA e inclui medidas para garantir a concorrência no setor aéreo.
O governo italiano e a Lufthansa chegaram a um acordo para a venda de uma participação adicional de 49% na ITA Airways por 325 milhões de euros, conforme publicamos anteriormente, rejeitando o desconto de 10 milhões de euros solicitado pela companhia aérea alemã. O anúncio foi realizado pouco antes do prazo final para submeter o acordo aos reguladores europeus.
De acordo com reportagem do Yahoo! Finanças, a Lufthansa justificou o pedido de desconto com base em projeções de queda no valor da ITA para o último trimestre de 2024. No entanto, o governo italiano recusou a proposta, reforçando a importância estratégica da companhia aérea. Giancarlo Giorgetti, Ministro da Economia da Itália, confirmou que a venda será concretizada pelo valor original.
“A Itália não está vendendo sua companhia aérea a preço de banana”, declarou uma fonte ligada ao governo.
O acordo inclui condições estabelecidas pela Comissão Europeia, como a transferência de slots de decolagem e pouso para outras companhias aéreas, com o objetivo de evitar concentração de mercado. Além disso, a Lufthansa mantém o plano de longo prazo que prevê a aquisição de 100% da ITA, após já ter comprado 41% das ações da empresa em maio de 2023.
O impasse sobre o preço gerou tensões durante as negociações. Enquanto a Lufthansa aceitou os compromissos propostos pela Comissão Europeia, Giorgetti adotou uma abordagem mais prudente, priorizando os interesses italianos. Questionado sobre um possível encontro com Carsten Spohr, CEO da Lufthansa, o ministro afirmou que uma reunião “seria oportuna”.
A aprovação final do acordo depende agora da Comissão Europeia, que avaliará a conformidade com as normas de concorrência do bloco.
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