O processo de recuperação judicial da GOL Linhas Aéreas ganhou um novo passo nessa semana. Segundo divulgação feita pela própria companhia, investidores aportarão US$ 1,25 bilhão. Essa quantia faz parte de um montante total de US$ 1,9 bilhão emitido em instrumentos de dívida visando a quitação de financiamento “debtor-in-possession” feito durante a recuperação judicial.
A companhia aérea brasileira divulgou ao mercado e investidores esse fato relevante contextualizando o destino do recurso, que será utilizado como capital de giro, cobrir custos de transação, financiar operações após a recuperação judicial nos Estados Unidos (conhecido como “chapter 11”), entre outros aspectos. Novas dívidas ou investimentos diretos na empresa ainda estão sendo avaliados pela GOL e não foram totalmente descartadas.
O posicionamento da GOL em emitir novas dívidas e buscar investidores são medidas estratégicas para a superação das dificuldades financeiras e a saída do processo de recuperação judicial. Em outubro de 2024 a GOL fez o pedido, junto ao Tribunal do Distrito Sul de Nova York, de extensão no prazo para apresentar seu plano de recuperação. Ao todo, cento e cinquenta (150) dias seriam adicionados.
Também ao final do último ano a empresa anunciou a obtenção de significativo desconto sobre a dívida com órgãos públicos brasileiros, que chegava perto dos R$ 5 bilhões. Agora, a partir do acordo com a PGFZ, a negociação chegou em R$ 880 milhões, que deverá ser pago em até 120 prestações. Durante o processo, R$ 49 milhões foram depositados e também terão como destino os cofres públicos. Parte da dívida era relacionada ao DECEA, Departamento de Controle de Espaço Aéreo, referentes às taxas de navegação cobradas para o uso dos serviços de tráfego aéreo. Outro item robusto no montante é referente a irregularidades em contribuições, que alcançavam US$ 185 milhões.
Outro aspecto importante é a possibilidade de fusão da Azul com o Grupo ABRA (controlador da GOL e Avianca), que avançaram para a assinatura de um memorando de entendimento. A possível fusão poderia gerar uma gigante com domínio de cerca de 60% do mercado. Atualmente, Azul e GOL operam cerca de 1.800 voos diários para mais de 200 destinos e juntas possuem uma frota superior a 300 aeronaves. A movimentação gerou preocupações entre especialistas e passageiros sobre um possível impacto negativo na concorrência e, consequentemente, nos preços das tarifas. Os próximos passos ainda dependem de uma aprovação da Anac e CADE para avaliarem o impacto que esse movimento teria no mercado aéreo brasileiro e nos consumidores.
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