O governo concedeu um desconto de 77% sobre a dívida de US$ 1,1 bilhão da GOL com órgãos públicos, reduzindo o valor para US$ 250 milhões, em meio ao processo de recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos. Essa ação visa ajudar a empresa a viabilizar sua reestruturação financeira e cumprir compromissos com credores, com garantias que incluem slots e contratos comerciais.
Aproveitando a época do Natal, o governo resolveu ser pra lá de generoso com a empresa GOL Linhas Aéreas ao conceder um desconto de 77% sobre a dívida que a empresa possui para com os órgãos públicos.
Isso significa dizer que R$ 5 bilhões deixarão de entrar para os cofres do governo! Exatamente no momento em que o dólar tem alcançado patamares nunca antes vistos, tendo como uma das causas a indefinição do pacote de cortes de gastos. O total das dívidas da companhia aérea somavam o valor de US$ 1,1 bilhão. Com este desconto benevolente, o valor baixou para US$ 250 milhões.
O desconto principal, conforme informa a Revista Veja, recai sobre as dívidas acumuladas nos últimos anos para com o DECEA, Departamento de Controle do Espaço Aéreo, sendo referentes às taxas de navegação que são cobradas pelo uso dos serviços de tráfego aéreo. Além disso, a GOL acumulava irregularidades quanto às contribuições num valor total de U$ 185 milhões.
A ação do governo é justificativa por ser uma tentativa de viabilizar a recuperação judicial da GOL nos Estados Unidos, o denominado Chapter 11. Na segunda-feira, 9 de dezembro, a empresa apresentou um plano de reestruturação financeira juto à Corte de Nova York.
A companhia aérea declarou que pretende levantar US$ 1,85 bilhão (R$ 11,2 bilhões) para dar liquidez às contas e que a emissão de novas ações é um caminho para viabilizar a alavancagem de parte do montante. A GOL informa que alguns papéis da empresa podem se converter em ações de sua holding Abra, em caso de uma fusão com a Azul.
Já há uma data definida para a primeira audiência com o objetivo de discutir o plano com os credores: será em 15 de janeiro de 2025 na cidade de Nova York. E em 7 de março será feita a audiência que poderá confirmar ou não o plano de reestruturação.
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