Algumas falhas na segurança no Aeroporto Internacional em Guarulhos fizeram a ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil, proibir o aumento de voos. Estas falhas, segundo a ANAC, colocariam a segurança das operações do aeroporto em risco.
Sendo assim, a GRU Airport que é a concessionária responsável, só poderá continuar realizando seus atuais 2.714 voos semanais. A decisão da ANAC foi comunicada através de uma portaria no dia 4 de junho.
A notificação foi feita pela ANAC depois de duas inspeções. E mesmo depois disso, a concessionária não deu uma solução para os problemas apontados. O problema está precisamente no pátio das aeronaves, especialmente em dias de chuva e em operações noturnas.
Mas não foi só este o problema que a ANAC encontrou. Ela diz ter constatado as seguintes falhas, igualmente nos pátios de aeronaves:
- Falhas quanto à manutenção da sinalização horizontal
- Ausência de ações no sentido de revitalizar a sinalização horizontal – falha esta que tem levado a infrações recorrentes
- Problemas com a supervisão de operações no pátio, levando a prováveis situações de insegurança durante as atividades de apoio
- Falhas no que diz respeito à manutenção dos circuitos de sinalização luminosa, assim como a consequente ausência de soluções para o problema, em tempo hábil
Se estes problemas apontados pela ANAC não forem resolvidos em 60 dias, o número de voos permitido sofrerá uma redução de 5%; ou seja, o Aeroporto passará a operar 2.578 voos semanais.
As coisas não vão bem para o maior Aeroporto Internacional da América do Sul. Em 2023 ele recebeu a pior avaliação quanto à qualidade dos serviços prestados aos seus usuários. Esta avaliação abrangeu 12 aeroportos em todo o país, cuja concessão pertence à iniciativa privada, dentro de uma escala denominada Fator Q.
São avaliados a qualidade e a quantidade de escadas rolantes e elevadores, o tempo gasto na fila de inspeção, o conforto térmico experimentado pelos usuários, a limpeza (neste quesito, os banheiros de Guarulhos deixam muito a desejar!), o nível de acesso a informações, a relação de custo/benefício dos restaurantes do local, processo de restituição de bagagem, além do acesso aos terminais.
A variação do Fator Q vai de -7,5% a 2% sendo que, quanto maior o índice, melhor será o desempenho do terminal. No caso do Aeroporto Internacional de Guarulhos a nota atribuída foi de 0,4748%.
Em resposta, a administradora de Guarulhos, a GRU Airport, disse que considera desproporcional a decisão cautelar que restringe o aumento da sua capacidade, tendo em vista que vem executando o plano de ação acordado com a ANAC para melhorias na infraestrutura, sem risco às operações e, por isso, confia na rápida revisão desta decisão.
Em abril deste ano, por descumprimento do acordo estabelecido em 2012, a diretoria da ANAC já havia aplicado uma multa no valor de R$ 765,7 mil à GRU Airport. A multa referia-se, em especial, ao não cumprimento da disponibilidade mínima de atendimento de passageiros nos horários de pico, o que gerou elevados tempos de esperas durante o período entre junho de 2018 e maio de 2019, na fila de inspeção e embarque.
Ainda neste mesmo processo, a concessionária recebeu uma multa no valor de R$ 836,7 mil por não cumprir o nível mínimo de atendimento dos passageiros em embarque de voos internacionais. Esta multa, informa a ANAC, já foi paga.
A GRU Airport informa ainda que, em conjunto com a ANAC, está elaborando e implementando um plano de ação para melhorias na infraestrutura oferecida.
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