Exposição de obras de Tarsila do Amaral no Palácio dos Bandeirantes inclui quadros que viajaram para exposições na França e na Espanha. Visitas são gratuitas e guiadas, mas é necessário reservar com antecedência.
Quem vai ficar em São Paulo nas próximas semanas tem a oportunidade de conferir a exposição “São Paulo-Paris: A Descoberta de Tarsila do Amaral”, no Palácio dos Bandeirantes. A entrada é gratuita, mas é necessário agendamento prévio.
A mostra inédita reúne 16 obras da artista modernista brasileira que fazem parte do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo de São Paulo, departamento museológico da Casa Civil. Seis delas viajaram recentemente para exposições em Paris, na França, e em Bilbao, na Espanha.
Normalmente, essas obras ficam expostas internamente tanto no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da capital paulista, quanto no Palácio Boa Vista, em Campos do Jordão, região serrana do Estado.
Nascida em Capivari, no interior de São Paulo, Tarsila do Amaral (1886-1973) é considerada uma das mais influentes artistas do movimento modernista brasileiro. Ela morou em Paris, onde estudou e teve contato com pintores e escultores renomados.
A exposição foi instalada no Salão dos Pratos, que já foi um salão de reuniões e passou por uma restauração recente para recuperar suas características originais. Entre as peças estão criações que vão dos primeiros anos de produção artística, na década de 1910, até obras dos anos 1960, permitindo ao visitante compreender a evolução estética e conceitual da pintora.
Um detalhe interessante é que a visita é guiada. Ela começa no térreo, com explicações e comentários sobre outras obras que fazem parte do acervo do Estado, como o quadro A Ventania, de Anita Malfatti, que foi amiga de Tarsila.
No dia em que o Pontos Pra Voar fez a visita, a guia foi muito atenciosa com uma criança e com um grupo de estrangeiros. Tudo foi feito com calma, mas com detalhes interessantes.
É possível descobrir, por exemplo, que algumas obras do acervo foram compradas diretamente de Tarsila, ainda em vida.
O percurso começa um de seus primeiros quadros, segue pela experiência na Academie Julian, em Paris, e sua amizade com os modernistas no Brasil, além da fase Pau-Brasil e Antropofágica dos anos 1920.
No fim, obras bastante conhecidas prendem a atenção: Operários, de 1933, símbolo da fase social; Autorretrato 1, em que ela aparece de batom vermelho e longos brincos, e o estudo para o painel comemorativo do IV Centenário da cidade de São Paulo.

Guia apresenta autorretrato de Tarsila (Crédito: Luciane Scarazzati)
Obras Icônicas De Volta ao Brasil
A curadoria é de Rachel Vallego, que está à frente da gestão do Acervo dos Palácios. O percurso sugerido explora a relação de Tarsila com dois centros fundamentais em sua formação: São Paulo e Paris. O título da exposição reflete uma trajetória de trocas culturais e influências estéticas entre as duas cidades.
A curadoria indica que, de São Paulo, Tarsila guardou as cores, formas e memórias da infância na fazenda e da vida urbana na metrópole. Já durante suas passagens por Paris, na efervescência artística dos anos 1920, ela absorveu as influências das vanguardas europeias e encontrou no modernismo as ferramentas para reinventar a cultura visual brasileira.
“O conjunto de obras de Tarsila pertencente ao Acervo dos Palácios é único, pois além de nos possibilitar acompanhar toda a carreira da artista, é constituído de obras icônicas. Fazer essa exposição logo após as obras retornarem de um importante empréstimo na Europa é presentear São Paulo com cultura, arte e ampliar o acesso e conhecimento sobre uma das mais significativas pintoras modernas brasileiras”, disse Rachel Vallego.
Exposição Vai Até 25 de Janeiro
Devido à alta procura logo no começo da exposição, o Governo de São Paulo ampliou os horários de visita. A reserva pode ser feita neste link.
A mostra vai até 25 de janeiro. Depois, deve ser reaberta em Campos do Jordão no inverno.
“Para o Governo de São Paulo, abrir as portas do Palácio dos Bandeirantes para celebrar Tarsila do Amaral é mais do que realizar uma mostra de arte: é reconhecer o talento brasileiro. Compartilhar esse espaço e essas obras com a população é também fortalecer nossa identidade e preservar a história do Brasil”, afirmou a primeira-dama do Estado, Cristiane Freitas.
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