A Emirates pode estar prestes a surpreender o mercado com um novo conceito de assento para a classe econômica. Segundo Tim Clark, presidente da companhia, o projeto é tão ousado que ele próprio admite: não sabe se será possível viabilizá-lo.
Protótipo já Está em Desenvolvimento
Enquanto muitas companhias concentram esforços nas cabines premium, a Emirates resolveu olhar para a base: a classe econômica. Tim Clark, presidente da companhia aérea, revelou que a empresa já desenvolveu um protótipo de assento inédito e que agora trabalha com fabricantes para torná-lo realidade.
A proposta envolve uma aplicação inteligente de tecnologia moderna, conceitos geométricos e análise de carga.
“O truque é usar a tecnologia moderna, o que aprendemos sobre geometria e carga, para conseguir desenvolver um assento que, esperamos, atenda às expectativas”, afirmou Clark.
O desafio, no entanto, vai além da engenharia. Clark reconhece que a aprovação regulatória pode ser o maior obstáculo:
“Não posso dizer se isso vai ser aprovado ou não, pois não é um processo simples”.
Mais Altura, não Mais Espaço
Diferentemente do que muitos esperariam, a inovação da Emirates não se concentra em ampliar largura ou espaço entre as fileiras. A aposta está na altura dos assentos.
Clark levantou uma questão curiosa:
“Se você acrescentar dez a doze centímetros na altura dos assentos, com o que poderia trabalhar a partir disso?”.
A ideia, segundo ele, é melhorar o conforto com um novo formato de assento que se molde melhor ao corpo, proporcionando mais apoio para pernas e pés.
O uso do “espaço vertical” pode ser estratégico, já que não impacta diretamente o layout da aeronave – desde que o peso do assento não aumente significativamente.
Projeto Ambicioso, mas Realista?
Ainda que a proposta pareça inovadora, pairam dúvidas sobre sua viabilidade prática. O próprio presidente da Emirates pondera se o conceito poderá de fato atender às exigências dos órgãos reguladores. Além da questão técnica, há também a necessidade de manter a visibilidade da tripulação entre as fileiras, por exemplo.
Mesmo assim, é animador ver uma companhia aérea do porte da Emirates explorar caminhos menos óbvios para aprimorar a experiência dos passageiros. Afinal, iniciativas realmente revolucionárias na classe econômica continuam sendo raras.
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